É o que afirma o novo presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Dom Miguel Ángel Ayuso
Da redação, com Vatican News
Dom Ayuso se detém na criação de um Comitê superior para a implementação do Documento sobre a Fraternidade Humana, assinado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em 4 de fevereiro passado, pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar.
Para Dom Ayuso, esse Comitê que recebeu, nesta segunda-feira, 26, o incentivo do Santo Padre, é um exemplo concreto de como os líderes religiosos podem construir pontes, fortalecer o diálogo e vencer a tentação de se fechar em si mesmos e alimentar o “confronto de civilizações”.
“A criação desse Comitê superior é um ato significativo. Trata-se, de fato, segundo o comunicado que anuncia o seu nascimento, de promover os ideais contidos no Documento sobre a Fraternidade Humana, porque é «uma declaração de compromisso comum para unir a humanidade e trabalhar pela paz no mundo, a fim de assegurar que as gerações futuras possam viver num clima de respeito mútuo e convivência saudável». Objetivo este realmente nobre! Sou grato ao príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Sua Alteza Xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan, que trabalhou para desenvolver iniciativas destinadas a colocar em prática os objetivos do documento de Abu Dhabi”, reforçou.
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O bispo também agradeceu ao Papa Francisco e ao Grão Imame de Al-Azhar, porque, com suas palavras e seu testemunho, tornaram possível o que foi dito pelo príncipe herdeiro na apresentação do Comitê superior.”O Papa Francisco, com seu diálogo de respeito e amizade, em palavras e em obras – acrescentaria –, não cessa de exortar o mundo e todas as pessoas de boa vontade a promoverem três coisas: fraternidade, paz e convivência. Não nos esqueçamos de que esses três elementos são essenciais se, realmente, quisermos curar as feridas do nosso mundo”, destacou.
Como presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Dom Ayuso expressou sua alegria pessoal e gratidão pelo Grão Imame de Al-Azhar e pelo Pontífice. O bispo também mencionou suas expectativas para as atividades do Comitê: “As minhas expectativas são muitas, porque uma vez iniciado um processo, temos de encontrar todas as formas para envolver, da base em direção ao alto, nos campos nacional e internacional, muitas organizações internacionais, líderes sociais, religiosos, acadêmicos e políticos, procurando, sobretudo, dirigir-nos aos jovens”.