Em 22 de julho de 2013, há dez anos, Papa Francisco chegava ao Brasil naquela que seria a primeira Jornada Mundial da Juventude de seu pontificado
Da redação, com colaboração de Fátima Lima
Há dez anos, o Papa Francisco dava início às suas tradicionais jornadas apostólicas internacionais. O Brasil foi agraciado com sua presença naquela que foi a primeira Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de seu pontificado. A arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro celebrará esta recordação com o evento “10 anos de celebração – JMJ Rio 2013”, na Catedral Metropolitana, neste sábado, 22, a partir das 8h.
Além da Missa com o arcebispo local, Cardeal Orani Tempesta, haverá testemunhos, momentos de adoração e muita música. O evento termina às 12h e será transmitido pela Rádio Catedral FM, WebTV Redentor e Rede Vida.
A peregrinação do Santo Padre em solo brasileiro deixou histórias, transformações e evangelização entre os jovens. A Arquidiocese recebeu o Sucessor de Pedro logo no início de seu papado. O Cardeal Tempesta recorda este momento com muito carinho — e se atenta a detalhes que podem ter passado despercebido pela maioria das pessoas.
“Foi sua primeira viagem [internacional], ele encantou a todos com sua presença e proximidade. Tivemos alegria ainda de receber o mundo inteiro aqui, a juventude que transformou essa cidade, que renovou o coração de todos os cariocas”, recorda.
Leia mais:
.: JMJ Rio 2013 completa 5 anos; bispo comenta principais frutos
Além do contato mais próximo com o Santo Padre, Dom Orani se lembra que os jovens foram bem acolhidos e não houve algazarra pela cidade. “Houve belos exemplos de testemunho, de limpeza da cidade, de fraternidade e alegria. Pudemos ver que, mesmo com as intempéries — chuva, frio —, dificuldades que não dependem de nós, puderam ser superadas e vimos Deus agir, atuar entre nós”, diz.
As primeiras palavras
Como se tornaria costume em todas as sua peregrinações mundo afora, o Papa sempre faz um discurso dirigido ao povo anfitrião. No Brasil, as palavras do Santo Padre não poderiam ter sido mais acolhedoras — tal qual sua recepção pelo povo sul-americano, diga-se de passagem. “Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso, permitam-me que, nesta hora, eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”, disse Francisco.
Padre Jorge Carreira, assessor eclesiástico do setor Juventude da Arquidiocese do Rio, e que, à época, acabara de ser ordenado sacerdote, lembra-se que todos ainda estavam muito assustados com a renúncia do Papa Bento XVI. Este receio todo, porém, dissipou-se com a chegada de Francisco. “Foi uma grande festa, uma surpresa boa e alegre na Catedral do Rio de Janeiro, quando ele passou pelas ruas. Ele demonstrou mais proximidade com os jovens”, recorda-se.
Para se ter uma ideia da grandiosidade da visita de Francisco ao país, em seu último dia em solo brasileiro a missa celebrada pelo Pontífice chegou a reunir 3,7 milhões de pessoas.
“Temos que agradecer a Deus por este momento”, assevera Dom Orani. “Temos certeza que o Senhor fez e faz maravilhas por aqui até hoje. Por isso, nosso agradecimento a todos os que participaram e lutaram pela JMJ 2013. Louvamos a Deus por termos tido esta oportunidade de ter visto Deus agir nos corações dos jovens”.
Padre Jorge acrescenta que a JMJ é um momento em que a evangelização se instala no coração dos jovens. “Quando o jovem é evangelizado, integra uma nova cultura, a cultura da paz, da vida e do respeito. Isso faz com que as coisas mudem na cabeça de nossos jovens e no ambiente em que vivem”, finaliza.