Em 8 de dezembro de 2020, o Papa Francisco proclamou o Ano de São José com a carta apostólica “Patris corde”
Da redação, com Vatican News
Nesta quarta-feira, 8, se encerra o Ano de São José, proclamado pelo Papa Francisco. “Hoje se conclui o Ano dedicado a São José, Patrono da Igreja Universal. E depois de amanhã, 10 de dezembro, se encerrará, em Loreto, o Jubileu Lauretano. Que a graça destes dois eventos continue a agir na nossa vida e das nossas comunidades. A Virgem Maria e São José nos guiem no caminho da santidade”, afirmou o Papa ao final do Angelus de hoje.
A iniciativa aconteceu por ocasião do 150º aniversário da declaração de reconhecimento de São José como Padroeiro da Igreja Universal, presente no decreto de Pio IX Quemadmodum Deus em 8 de dezembro de 1870.
Com a carta apostólica Patris corde, publicada em 8 de dezembro de 2020, o Papa quis perpetuar esta “entrega de toda a Igreja ao poderoso patrocínio do Guardião de Jesus”, explica o Decreto da Penitenciaria Apostólica – publicado também no mesmo dia – que concedeu o “dom das Indulgências especiais” por ocasião do Ano de São José. Estes 365 dias foram destinados a oferecer a cada fiel a oportunidade de “fortalecer diariamente sua vida de fé no pleno cumprimento da vontade de Deus”, seguindo o exemplo de São José, e “comprometer-se, com orações e boas obras” para obter, com sua ajuda, “conforto e alívio das graves tribulações humanas e sociais que afligem o mundo contemporâneo”.
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Os ensinamentos de São José
Na Patris Corde, Francisco compartilha “algumas reflexões pessoais” sobre José, com o objetivo de “aumentar nosso amor por este grande santo, para sermos levados a implorar sua intercessão e a imitar suas virtudes e o seu entusiasmo”.
Para isso o Papa resumiu seus ensinamentos, exortando-nos a aprender dele “que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza”; que “no meio das tempestades da vida, não devemos ter medo de deixar a Deus o timão da nossa barca”; que é necessário “dar lugar ao que sucede”, acolhê-lo, assumir a sua responsabilidade e reconciliar-se “com a própria história”. Porque “se não nos reconciliarmos com a nossa história, não conseguiremos dar nem mais um passo, porque ficaremos sempre reféns das nossas expectativas e consequentes desilusões”. Também que o Menino Jesus e sua Mãe devem ser amados, assim como os Sacramentos e a caridade, a Igreja e os pobres, porque “cada uma destas realidades é sempre o Menino e sua Mãe”.
Francisco e os pedidos ao “José adormecido”
Jorge Mario Bergoglio tem um vínculo especial com São José. Ele mesmo o revelou em várias ocasiões. Sua devoção ao guardião da Sagrada Família de Nazaré já era evidente no brasão escolhido para sua consagração episcopal, cujos traços essenciais foram preservados no papal.
Entre outros símbolos, o lírio que indica São José, como santo padroeiro da Igreja universal, que na tradição iconográfica hispânica é representado com um ramo de lírio. “Eu amo muito São José porque ele é um homem forte e silencioso” disse o Papa.
“Em minha mesa tenho uma foto de São José adormecido”, revelou mais tarde o Papa Francisco, “e quando tenho um problema ou uma dificuldade escrevo uma nota em um pedaço de papel e a coloco debaixo da estátua de São José para que ele possa sonhar com isso”. Este gesto significa: rezar por este problema”.