O apelo do Papa por sistemas de saúde gratuitos e acessíveis também está contido na mensagem para o Dia Mundial do Enfermo deste ano
Da redação, com Vatican News
No Angelus celebrado neste domingo, 11, o Papa fez um premente apelo para que todos tenham acesso a um Sistema de Saúde gratuito — um pedido que evoca a sua mensagem para o Dia Mundial do Enfermo deste ano, celebrado em 11 de fevereiro.
O título da mensagem ressalta a relação de confiança como base do cuidado dos doentes, mas um parágrafo em especial destaca o período que a humanidade está vivendo devido à pandemia, que revelou graves lacunas nos sistemas sanitários de vários países. Lacunas estas que dependem “das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade”. Eis o trecho da mensagem, que é possível ler integralmente neste link:
“A doença tem sempre um rosto, e até mais do que um: o rosto de todas as pessoas doentes, mesmo daquelas que se sentem ignoradas, excluídas, vítimas de injustiças sociais que lhes negam direitos essenciais (cf. Enc. Fratelli tutti, 22). A atual pandemia colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes.
Viu-se que, aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa. Isso depende das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade. O investimento de recursos nos cuidados e a assistência das pessoas doentes é uma prioridade ditada pelo princípio de que a saúde é um bem comum primário.
Ao mesmo tempo, a pandemia destacou também a dedicação e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas: com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. Uma série silenciosa de homens e mulheres que optaram por fixar aqueles rostos, ocupando-se das feridas de pacientes que sentiam como próximo em virtude da pertença comum à família humana”.