Com o tema “O amor familiar: vocação e caminho de santidade”, a Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Família de 14 a 20 de agosto

Huanna Cruz
Da Redação

No contexto do Mês Vocacional vivido em agosto pela Igreja no Brasil, celebra-se a Semana Nacional da Família a partir deste domingo, 14 – Dia dos Pais – até o dia 20 de agosto. O tema deste ano é “O amor familiar: vocação e caminho de santidade”, inspirado no X Encontro Mundial das Famílias realizado em junho passado. 

“A Semana Nacional da Família é um momento singular de nossa atuação, pois serve para lembrar que ser família é um chamado, é uma vocação”. Quem afirma é a coordenadora da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), Elis Tarouco. Ela também coordena os Agentes de Comunicação da Pastoral Familiar Nacional. É casada há 10 anos com Rodrigo Gonçalves e mãe do Davidt, de 19 anos.

Elis explica que, a cada ano, a temática procura evidenciar aquilo que a Igreja põe em destaque. Neste ano, a Pastoral Familiar convida os fiéis a refletirem sobre o tema: “Amor Familiar, vocação e caminho de santidade”, em sintonia com o X Encontro Mundial das Famílias e com o XVI Congresso Nacional da Pastoral Familiar, marcado para o final de agosto em Governador Celso Ramos (SC). 

A Comissão Nacional da Pastoral Familiar motiva a celebração da vocação à vida familiar em todas as paróquias e comunidades. São propostas reflexões de temas importantes para a compreensão do chamado que é feito a cada um para, especialmente nesta semana, agradecer pelo dom da família, compreender a importância de testemunhar a presença e o amor com o qual Cristo ama a Igreja e que cada família possa viver a vocação à santidade na Igreja.

Subsídio Hora da Família

Para a celebração da Semana Nacional da Família, é oferecido o subsídio Hora da Família. Neste ano, os encontros relacionados ao evento estão reunidos, em um único livreto, com as celebrações da Semana Nacional da Vida, que ocorre em outubro. Dividido em sete encontros e uma celebração específica para o Dia dos Pais, o material conta com orientações e dicas para preparar este momento, inclusive com a participação das crianças.

São sete encontros, cada encontro com uma temática. O primeiro encontro com o tema “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. O segundo, “Felizes os mansos, porque possuirão a terra”. Na sequência, “Felizes os que choram, porque serão consolados”, “Felizes as famílias misericordiosas, com fome e sede de justiça”, “Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”, “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus”, “Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!”. E no Dia dos Pais, “Educador para a santidade”.

Pastoral Familiar

A Pastoral Familiar foi criada a partir da necessidade de atuação da Igreja junto às famílias devido às profundas e rápidas transformações da sociedade. O objetivo é congregar todas as pastorais, movimentos e grupos que já trabalhavam pelas famílias.

A família sempre foi de grande importância para a Igreja, pois através dela que o homem começa sua vida e forma sua base. E diante desse contexto, a Pastoral Familiar foi oficialmente instituída na Igreja pelo Papa São João Paulo II, na Exortação Familiaris Consortio (1981). Na perspectiva da pastoral orgânica, a Pastoral Familiar busca organizar todos os esforços e planejamentos, antes isolados. Assim, todos os movimentos familiares trabalham em união, sintonia e coordenação de esforços.

“A Pastoral Familiar tem como principal missão ir ao encontro daqueles que desejam permanecer perto de Deus, sabe acolher, acompanhar, discernir e integrar a todos na comunidade eclesial, não com receitas simples e banais, mas com um olhar que sabe verdadeiramente discernir e distinguir as situações. É a maior defensora da vida e dos valores cristãos, valorizadora do sacramento do matrimônio e formadora de Igrejas domésticas e comunidades de amor”, explica Elis. 

Desafios e acompanhamento

A família é uma instituição responsável por gerar vida, promover a educação e cuidado dos filhos, bem como a responsável por influenciar o comportamento deles no meio social, influenciando diretamente na sociedade.

Para a igreja, a família é uma célula sacramental que nasce do amor de um homem e de uma mulher, em caráter indissolúvel, aberto à vida, promovendo três colunas vitais como direitos inalienáveis: primeiro, a dignidade da pessoa humana; segundo, o sacramento do matrimônio e terceiro a inviolabilidade da vida e da família.

A família também vive grandes desafios. Um dos grandes conflitos atualmente é referente à Falta de Amor. E é de acordo os desafios que a Pastoral Familiar realiza o plano de atuação estratégica e realiza o acompanhamento familiar.

“Fazemos o acompanhamento dos casais que desejam contrair o matrimônio através do que chamamos de Itinerário de Preparação para o Sacramento do Matrimônio e a Vida Matrimonial. São vários encontros que se configuram como uma catequese matrimonial, por meio dos quais os noivos vão sendo levados a uma jornada de discernimento e de abertura de coração, a fim de gerar compreensão da vocação que será assumida e de promover um vínculo permanente das famílias com Deus e com a Igreja”, afirma a coordenadora da Pastoral Familiar.

Elis ainda afirma também que o maior desafio da Pastoral Familiar é colocar em prática um retorno à igreja, promover uma “conversão missionária”, um caminhar junto com as famílias e ajudá-las a encarar os desafios que elas vêm enfrentando sozinhas, em virtude desses últimos anos de pandemia. “Olhar para a realidade de nossas comunidades neste momento e acolher a todos, porque a principal ajuda para a Pastoral Familiar é oferecida pela paróquia, que é família de famílias”. 

O Mês Vocacional

O Mês Vocacional em 2022 tem como tema “Cristo Vive! Somos suas testemunhas” e lema: “Eu vi o Senhor!” (Jo 20,18). Todas as vocações são lembradas, rezadas e celebradas neste mês. A vocação ao ministério ordenado abriu o mês, sendo celebrada no primeiro domingo. Neste segundo domingo, com o Dia dos Pais, é celebrada a vocação familiar. No terceiro domingo, será celebrada a vocação à vida religiosa. Já no quarto e último domingo, será celebrada a vocação dos leigos e leigas, com o Dia do Catequista.

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