Papa celebra as vésperas destacando testemunho de mártires

Francisco se sentiu tocado por testemunho de religiosos que sofreram perseguição por parte do comunismo

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco cumprimentou padre e freira que deram testemunho dos tempso de perseguição comunista / Foto: Montagem-Reprodução CTV

Francisco cumprimentou padre e freira que deram testemunho dos tempos de perseguição comunista / Foto: Montagem-Reprodução CTV

Papa Francisco reuniu-se com sacerdotes, religiosos, seminaristas e movimentos leigos na Catedral de Tirana, na Albânia, neste domingo, 21, para a celebração das vésperas. O Santo Padre deixou o discurso previamente preparado para falar aos presentes o que lhe veio ao coração no momento.

Acesse
.: Íntegra do discurso do Papa
.: Todas as notícias sobre a viagem do Papa à Albânia
.: Programação da viagem do Papa à Albânia

Um padre e uma religiosa que sofreram perseguição por parte do regime comunista deram seu testemunho ao Papa. Ambos já idosos relataram as situações difíceis que viveram e as experiências que tiveram com o anúncio do Evangelho nestas circunstâncias.

Tocado pelos testemunhos, Francisco resolveu apenas entregar o discurso preparado e falar espontaneamente. Ele disse que nos últimos dois meses se preparou para esta visita lendo a história de perseguição na Albânia. Para ele, foi uma surpresa, pois não sabia que o povo albanês avia sofrido tanto.

Ao percorrer o caminho do aeroporto até a Praça Madre Teresa, Francisco viu as fotos dos mártires e com isso constatou como o povo albanês ainda têm na memória o sofrimento deles. No início da celebração, ele se sentiu tocado pelo testemunho de duas dessas pessoas que sofreram tanto: o padre e a freira.

“O que eu posso dizer é o que eles disseram com a sua vida, com suas palavras simples…contaram as coisas com uma simplicidade…mas tão dolorosa! E nós podemos perguntar a eles: ‘mas como vocês fizeram para sobreviver a tantas tribulações?’ E nos dirão isso que ouvimos nesse trecho da Segunda Carta aos Coríntios: ‘Deus é Pai misericordioso e Deus de toda consolação. Foi Ele a nos consolar!’”.

O Pontífice mencionou o sofrimento físico e psicológico vivido pelo padre e pela freira naquela angústia da incerteza, mas Deus os consolava. Ele disse que se lembrou de Pedro, no cárcere, e de como a Igreja rezava por ele. O Papa destacou que Deus consola seu povo de forma humilde e escondida. “Consola na intimidade do coração e consola com a fortaleza”.

Tanto o padre quanto a freira não se vangloriam do que viveram porque sabem que foi Deus quem os levou adiante, disse Francisco. O Santo Padre acrescentou que o testemunho dos dois mostra a todos os que foram chamados pelo Senhor que o único consolo vem de Deus.

“Saibam bem que se vocês procuram consolo em outra parte, não serão felizes. E mais, não poderão consolar ninguém, porque o seu coração não foi aberto à consolação do Senhor (…) Bendito seja Deus Pai, Deus de toda consolação, que nos consola em toda tribulação, para que possamos também nós consolar aqueles que se encontram em qualquer tipo de aflição, com o consolo com que nós mesmos fomos consolados por Deus”.

Francisco conclui sua viagem à Albânia logo mais em um encontro com crianças do Centro Betânia e com representantes de assistidos de outros centros caritativos do país. Depois ele segue para o aeroporto para a cerimônia de despedida e embarca rumo a Roma, onde deve chegar por volta de 21h30 (horário em Roma, 16h30 em Brasília).

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo