Encontro em Nairóbi

Papa dá conselhos e "palmadas" a religiosos do Quênia

Francisco destacou que na vida religiosa não há lugar para ambição, riqueza ou poder; o consagrado foi eleito para servir, não para ser servido

Luciane Marins
Da Redação

Na tarde desta quinta-feira, 26, o Papa Francisco se encontrou com padres, religiosos, religiosas e seminaristas na escola Saint Mary’s no Quênia. Francisco chegou de carro para o evento que teve início às 15h45 (horário local – 10h45 no horário de Brasília).

Após um momento de oração e testemunhos, o Papa deixou de lado o discurso que a havia preparado e falou de improviso. Francisco pediu desculpas por seu “pobre” inglês e falou na sua língua materna, espanhol.

Francisco explicou que Jesus é a porta, e que quem quiser segui- Lo não deve entrar pela janela.

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Religiosos cantam durante encontro com o Papa nesta quinta-feira, 26

O Papa deixou claro que na vida do seguimento de Jesus não tem lugar para ambição, riquezas, ou para ser alguém importante no mundo, e que para segui-Lo é preciso ir até o último passo, que é a cruz, e então, Ele mesmo, se encarrega da ressurreição.

Francisco voltou a dizer com ênfase que a Igreja não é uma ONG e explicou que quem chama é Jesus. “É evidente que Jesus quando nos elege não nos canoniza, seguimos sendo os mesmos pecadores.” O Papa fez questão de repetir que ele é o primeiro dos pecadores e recordou o apóstolo Pedro, que chorou, quando se deu conta do pecado que tinha cometido. “Nunca deixem de chorar”, pediu o Papa.

Diante de certas situações da vida, Francisco disse que só nos cabe chorar olhando para Jesus. Ele exortou os consagrados a nunca se esquecerem de Jesus. “Queridos cuidem para não cair do pecado da tibieza.”

Francisco pediu ainda que os religiosos nunca deixem de rezar, mesmo em meio ao cansaço e dificuldades. “A alma de um religioso que não reza é uma alma feia.”

Papa durante encontro com religiosos nesta quinta-feira, 26

Papa durante encontro com religiosos nesta quinta-feira, 26

O Papa falou que não deve haver dentro da Igreja alguém que se sirva de Deus ou dos outros, porque o consagrado foi eleito para servir e não ser servido.

Ouvir testemunhos de religiosos que dedicam 30, 40 anos da vida em hospitais, ou em missões na Amazônia é algo edificante para o Papa . “Me toca a alma, esse segue Jesus servindo os demais.”

Ao final do encontro Francisco brincou com os religiosos dizendo que lhes deu conselhos e “palmadas”, mas também fez questão de agradecê-los pelo seguimento a Cristo. Por fim, pediu a todos, como de costume, que rezem por ele.

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