No Quênia, Papa encoraja trabalho pelo bem comum

Bem comum, atenção com os jovens, pobres e meio ambiente estiveram no centro do discurso do Papa no encontro com autoridades e diplomatas do Quênia

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa cumprimenta o presidente do Quênia na chegada para o encontro com autoridades do país / Foto: Reprodução CTV

Papa cumprimenta o presidente do Quênia na chegada para o encontro com autoridades do país / Foto: Reprodução CTV

Em seu primeiro discurso em solo africano nesta quarta-feira, 25, o Papa Francisco encorajou o Quênia a trabalhar pelo bem comum, com atenção aos pobres, aos jovens e a uma justa distribuição dos recursos naturais e humanos. As palavras de encorajamento foram ditas no encontro com as autoridades do Quênia e com o corpo diplomático do país, primeira parada do Papa na África.

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Francisco disse olhar com esperança para sua estadia no continente africano. Um dos pontos centrais de seu discurso foi a preocupação com os jovens, que o Papa qualifica como “o recurso mais valioso de qualquer nação”. “Proteger os jovens, investir neles e dar-lhes uma mão amiga é o modo melhor para garantir um futuro digno da sabedoria e dos valores espirituais queridos aos seus anciãos, valores que são o coração e a alma dum povo”.

A crise ambiental

Não faltou no discurso aos diplomatas a palavra do Papa sobre o meio ambiente. O Pontífice defendeu que, diante da crise ambiental no planeta, haja sensibilidade ainda maior pela relação entre os seres humanos e a natureza. “Temos a responsabilidade de transmitir a beleza da natureza, na sua integridade, às gerações futuras e a obrigação de exercer uma justa administração dos dons que recebemos”.

A proteção da natureza, segundo o Papa, está ligada à construção de uma ordem social justa e igualitária. Logo, homens e mulheres de boa vontade são chamados a trabalhar pela paz e reconciliação, com base na tolerância e no respeito ao próximo.

“A experiência demonstra que a violência, os conflitos e o terrorismo se alimentam com o medo, a desconfiança e o desespero que nascem da pobreza e da frustração. Em última análise, a luta contra estes inimigos da paz e da prosperidade deve ser conduzida por homens e mulheres que, destemidamente, acreditam e, honestamente, dão testemunho dos grandes valores espirituais e políticos que inspiraram o nascimento da nação”.

Francisco concluiu seu discurso com uma breve saudação no idioma local: “Mungu abariki Kenya!”, que significa “Deus abençoe o Quênia!”.

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