Francisco se manifesta uma vez mais sobre armas nucleares; 191 Estados Partes aderiram ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
Da Redação
O Papa Francisco utilizou sua conta no Twitter nesta segunda-feira, 1º, para se manifestar, uma vez mais, sobre as armas nucleares. Francisco destaca que, assim como a posse, o uso é imoral.
“Tentar assegurar a estabilidade e a paz por meio de uma falsa sensação de segurança e de um equilíbrio do terror conduz inevitavelmente a relações envenenadas entre os povos e impede o verdadeiro diálogo”, afirmou o pontífice.
A mensagem de Francisco é publicada no dia em que começa a 10ª Conferência de Revisão das Partes do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. O evento acontece até o dia 26 de agosto em Nova York.
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O tratado internacional
O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) é um tratado internacional histórico cujo objetivo é impedir a disseminação de armas nucleares e tecnologia de armas. Também busca promover a cooperação nos usos pacíficos da energia nuclear, o desarmamento nuclear e o desarmamento geral e completo.
Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, seu status único é baseado em sua adesão quase universal, obrigações juridicamente vinculativas sobre o desarmamento, regime de salvaguardas verificáveis de não proliferação e compromisso com o uso pacífico da energia nuclear.
“O TNP é um pilar essencial da paz e segurança internacionais e o coração do regime de desarmamento e não-proliferação nuclear”, declarou o secretário-geral já em 2018.
Tratado entrou em vigor em 1970
Aberto para assinatura em 1968, o Tratado entrou em vigor em 1970. Desde a sua entrada em vigor, o TNP tem sido a pedra angular do regime global de não proliferação nuclear.
O Tratado, particularmente o artigo VIII, parágrafo 3, prevê uma revisão da operação do Tratado a cada cinco anos, uma disposição que foi reafirmada pelos Estados Partes na Conferência de Revisão e Extensão do TNP de 1995 e na Conferência de Revisão do TNP de 2000.