Durante o Angelus, Francisco exortou os fiéis a resistirem ao que tem o poder de escravizá-los, invocando Jesus sempre que se sentem tentados ou prestes a dar um passo em falso, e diz-lhes, mais uma vez, para não dialogarem com o diabo
Da redação, com Vatican News
Papa Francisco conduz a oração do Angelus da janela do apartamento pontifício / Foto: Handout via Reuters
Quando você se sentir tentado ou achar que o diabo está o levando na direção errada, invoque Jesus. Esta foi a sugestão concreta que o Papa Francisco ofereceu aos fiéis durante o Angelus na Praça de São Pedro, neste domingo, 28.
Ao refletir sobre o Evangelho de São Marcos, que recorda Jesus libertando uma pessoa possuída por um espírito maligno, o Santo Padre recordou aos fiéis que o diabo quer apoderar-se de nós, mas podemos resistir-lhe, permanecendo perto do Senhor. Ele disse que o diabo deseja possuir para “acorrentar nossas almas” e que, portanto, “devemos nos proteger das “correntes” que sufocam nossa liberdade” e “acorrentam nossos corações”.
O Santo Padre reconheceu vários tipos de “encadeamentos” que todos enfrentamos, que “nos tornam escravos, sempre insatisfeitos, e devoram energias, bens e afetos”.
Jesus nos liberta
Jesus, assegurou o Papa Francisco, veio para nos libertar de todas essas cadeias e dos ataques implacáveis do diabo.
“Jesus liberta do poder do mal e — observemos bem — nunca dialoga com o diabo! Nós, por outro lado”, lamentou ele, “muitas vezes deixamos que suas correntes nos prendam até que causem muito mal, mas então é mais difícil nos libertarmos deles.
“Cristo”, porém, sublinhou, “nos lembra que com o diabo nunca negociamos”. “O que fazer então quando nos sentimos tentados e oprimidos?” — perguntou o Papa, convidando “Invoque Jesus: invoque-o ali, onde sentimos mais fortemente as cadeias do mal e do medo apertarem-se”.
Não dialogue com o diabo
O Papa advertiu contra conversar com o diabo. “Não há diálogo com o diabo, porque, se você dialogar com ele, ele vence sempre. Cuidado”.
“O Senhor, com a força do seu Espírito, quer repetir ainda hoje ao maligno: ‘Vá embora, deixe esse coração em paz, não divida o mundo, as famílias, as nossas comunidades; deixe-os viver em paz, para que os frutos do meu Espírito pode florescer lá, não o seu.”
Jesus, destacou o Santo Padre, deseja que “reinem o amor, a alegria, a mansidão”, e que haja “liberdade, paz e cuidado” em vez de violência e gritos de ódio”.
Vigilância para estar cheio de amor e alegria
O Senhor, lembrou, quer que as nossas vidas sejam cheias de amor e alegria, mas, reiterou, isso requer a nossa cautela contínua. Jesus, sugeriu o Papa, exige a nossa vigilância em não dialogar com o diabo, e a nossa oração, que lhe permite restaurar-nos.
O Papa Francisco concluiu pedindo a Mãe Santíssima que nos proteja do mal, antes de oferecer aos reunidos na Praça um bom domingo e um bom almoço.
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