ANGELUS

Papa: a fé não é uma teoria, mas um encontro com o Senhor

Ao rezar o Angelus neste domingo, 14, Francisco destacou que, para seguir a Jesus, é preciso buscá-lo, permanecer com ele e anunciá-lo

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco na oração do Angelus deste domingo, 14 / Foto: Vatican Media/­Handout via REUTERS

Buscar, habitar e anunciar. Com estes três verbos, o Papa Francisco indicou aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a oração do Angelus neste domingo, 14, como se dá o seguimento de Cristo.

O Pontífice refletiu sobre o Evangelho do dia, que narra o chamado dos primeiros discípulos (cf. Jo 1,35-42). Nesta passagem, João Batista vê Jesus, e anuncia “o Cordeiro de Deus”. Os dois homens que acompanhavam João, ao ouvi-lo, seguem o Messias. Após passar o dia com ele, um deles (André) retorna para chamar seu irmão (Simão), para que também conheça Jesus.

Diante deste episódio, o Santo Padre sublinhou a importância de cada um lembrar-se do primeiro encontro que teve com Cristo para redescobrir o que significa segui-lo. Para isso, Francisco destacou três atitudes presentes no trecho do Evangelho que contribuem com esse processo: buscar, habitar e anunciar.

Buscar, habitar, anunciar

Primeiramente, para ser discípulo, é preciso ter um coração aberto, em busca, insatisfeito. O próprio Jesus perguntou aos dois, “o que estais procurando?”, para que olhassem para dentro de si próprios. “O Senhor não quer fazer prosélitos, não quer ‘seguidores’ superficiais, mas pessoas que se questionem e se deixem-se interpelar pela sua Palavra”, explicou o Papa.

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Na sequência deste primeiro movimento, o Pontífice frisou que deve-se habitar, permanecer com Jesus e estar em sua companhia. “Nós somos seus discípulos na medida em que o frequentamos, ouvimos a sua Palavra, dialogamos com Ele na oração, O adoramos, O amamos e o servimos nos irmãos. Em suma, a fé não é uma teoria, é um encontro, é ir e ver onde o Senhor mora e morar com Ele”, expressou.

Por fim, o Santo Padre voltou-se para a atitude de André, que marcado pela experiência de seu encontro com Jesus, imediatamente vai anunciar ao seu irmão, Simão, o que havia vivenciado. “Seus corações estavam tão cheios de alegria que imediatamente sentiram a necessidade de comunicar o dom que tinham recebido”, observou.

“Ainda somos discípulos apaixonados?”

Francisco convidou todos, então, a relembrar o primeiro encontro que tiveram com Jesus, levando-os à reflexão: “ainda somos discípulos apaixonados, procuramos o Senhor ou nos acomodamos em uma fé feita de hábitos? Moramos com Ele na oração, sabemos ficar em silêncio com Ele? E, enfim, sentimos a necessidade de compartilhar, de anunciar esta beleza do encontro com o Senhor?”.

Concluindo, ele rogou à Virgem Maria, “primeira discípula de Jesus”, que conceda o desejo de procurá-lo, de estar com ele e de anunciá-lo, prosseguindo para a recitação do Angelus.

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