Fraternidade

Papa: transformar este mundo 'selvagem' em um mundo mais humano

Francisco enviou uma mensagem para o “Movimento por um Mundo Melhor” que celebra seu 70º aniversário

Da redação, com Vatican News

Foto: Daniel Ibanez – CNA

O Papa Francisco enviou uma breve mensagem em vídeo aos membros do “Movimento por um Mundo Melhor”, que celebra seu 70º aniversário. A criação do Movimento foi devido à intuição do jesuíta Riccardo Lombardi e à iniciativa do Papa Pio XII, expressa publicamente em 10 de fevereiro de 1952 em sua “Proclamação por um Mundo Melhor”.

Na mensagem, o Pontífice fala de passar de um mundo “selvagem” a “divino” e sobretudo “mais humano”, portanto próximo às dores do povo, especialmente dos idosos e das crianças.

O Santo Padre toma emprestadas as palavras de Pio XII para indicar a “transformação” que ele espera para este mundo ferido por guerras e injustiças.

Trabalhando para a transformação do mundo

Francisco se refere a Pio XII quando incentiva os membros do Movimento a continuar a missão realizada durante estas sete décadas, seguindo “uma visão de vida, uma visão de criação”.

“O Papa Pio XII falava de “transformação”. Em particular, dizia uma palavra referente ao mundo: ‘selvagem’, que deve tornar-se mais humano, mais ‘divino’, mas acima de tudo mais humano, porque o Senhor está sempre próximo do humano. Avancem, não desanimem, continuem a trabalhar para provocar esta transformação no mundo”, exortou.

Acima de tudo, o Pontífice incentiva as pessoas a “trabalhar pela justiça, pelas crianças, pelos idosos e pela paz”, para que “o mundo melhor que queremos seja um mundo de paz”. 

Fraternidade: um caminho difícil, mas uma “âncora de salvação”

O Movimento nasceu em 1952 como resultado do contínuo relacionamento e diálogo entre Pio XII e o Padre Riccardo Lombardi. Ambos concordavam sobre a necessidade urgente de a Igreja intervir em meio a situações humanas complexas.

A época era a de uma Europa em recuperação da devastação da influência fascista, da ocupação nazista e da ameaça da ideologia comunista. Com efeito, na “Proclamação” Pio XII afirmava:

“Há um mundo inteiro que deve ser reconstruído a partir de seus fundamentos, que deve ser transformado de selvagem para humano, de humano para divino, de acordo com o coração de Deus”.

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Uma proposta universal que, no entanto, teve a Itália como ponto de partida graças ao Padre Lombardi que, diante do horizonte de destruição do totalitarismo, se opôs com apenas uma forma de resposta: a fraternidade universal.

Essa mesma fraternidade, fundada sobre o sentido do humano e sobre a relação dada através da figura de Cristo, à qual hoje o Papa Francisco confia o destino da humanidade como uma “âncora de salvação”.

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