“Que a cruz de Cristo seja a bússola que nos orienta no caminho da plena unidade”, palavras do Papa aos jovens sacerdotes e monges das Igrejas Ortodoxas Orientais
Da Redação, com Vatican News
Em audiência no Vaticano, nesta sexta-feira,3, o Papa Francisco saudou a delegação de jovens sacerdotes e monges das Igrejas Ortodoxas Orientais. O Santo Padre disse estar feliz por recebê-los às vésperas da solenidade de Pentecostes que será neste domingo, 3. E por ocasião da solenidade, ofereceu quatro breves pensamentos sobre Pentecostes que lhe inspiram sobre a unidade total: dom, harmonia, caminho, missão.
O primeiro pensamento é a unidade como dom, sendo um fogo que vem do Alto. “A realização da unidade não é primariamente um fruto da terra, mas do Céu; não é nem mesmo o resultado de nossos esforços e acordos, mas da ação do Espírito Santo, a quem devemos abrir nossos corações com confiança para que nos conduza pelos caminhos da plena comunhão. A unidade é uma graça, um dom”.
Ao falar sobre o segundo ensinamento de Pentecostes, o Papa tratou a unidade como sendo a harmonia. Ele explicou que se trata de uma harmonia na diversidade dos carismas despertados pelo Espírito. “Porque o Espírito Santo ama despertar tanto a multiplicidade quanto a unidade, como em Pentecostes, onde as diferentes línguas não foram reduzidas a uma só, mas assimiladas em sua pluralidade. A harmonia é o caminho do Espírito, porque Ele mesmo, como diz São Basílio, o Grande, é a harmonia”.
Unidade é caminho e missão
O terceiro ensinamento do Dia de Pentecostes é que a unidade é um caminho. “Não é um projeto a ser escrito, não é feito na imobilidade, mas no movimento, no novo dinamismo que o Espírito, a partir de Pentecostes, transmite aos discípulos. É feito à medida que caminhamos: cresce na partilha, passo a passo, na disponibilidade comum de acolher as alegrias e as fadigas da viagem, nas surpresas que surgem ao longo do caminho”, pontuou.
Por fim, Francisco falou sobre o quarto ensinamento de Pentecostes. Disse que a unidade não é simplesmente um fim em si mesma, mas está ligada à fecundidade do anúncio: a unidade é para a missão.
“Em Pentecostes a Igreja nasce missionária. E hoje o mundo ainda está esperando, mesmo sem saber, para aprender sobre o Evangelho da caridade, da liberdade e da paz que somos chamados a testemunhar juntos, não uns contra os outros ou longe uns dos outros”.
Francisco agradeceu por todas as sementes de amor e esperança espalhadas, em nome do Crucificado Ressuscitado, nas várias regiões ainda marcadas pela violência e pelos conflitos muitas vezes esquecidos. E frisou: “Que a cruz de Cristo seja a bússola que nos orienta no caminho da plena unidade”, conclui o Papa.