Em saudação à Aliança Bíblica Universal, Papa ressaltou as dificuldades que o anúncio da Palavra encontra em um mundo, muitas vezes, surdo à voz de Deus
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta quinta-feira, 16, a delegação da Aliança Bíblica Universal. Francisco destacou as circunstâncias favoráveis e desfavoráveis em que a Palavra é proclamada, enfrentando dificuldades e perseguições em um mundo, muitas vezes, surdo à voz de Deus.
A saudação do Papa se baseou no livro dos Atos dos Apóstolos, no trecho que narra a difusão da Palavra de Deus após o evento pascal. Francisco lembrou que, depois de Pentecostes, os apóstolos difundiram o querigma, explicando o significado das Escrituras à luz do mistério de Jesus Cristo. Também advertiam contra quem se utilizava dela com más disposições ou por interesses mesquinhos.
Segundo o Papa, as vicissitudes da Igreja nascente são semelhantes às dos dias atuais. “A Palavra é proclamada, ouvida e vivida em circunstâncias favoráveis e desfavoráveis, de diversas formas e com diversas expressões, enfrentando graves dificuldades e perseguições, num mundo muitas vezes surdo à voz de Deus.
O cenário de perseguições: nunca esquecer a Palavra
O Santo Padre ponderou ainda que as perseguições se tornam ocasiões para difundir a Palavra, nunca para esquecê-la. Nesse sentido, recordou os tantos cristãos de hoje que são obrigados a fugir de sua terra, como os primeiros crentes, e fogem levando consigo a Palavra recebida. “Protegem a fé como o tesouro que dá sentido às circunstâncias difíceis, às vezes terríveis que precisam enfrentar: abraçando a cruz de Cristo veneram a Palavra de Deus que ‘dura para sempre’”.
Concluindo sua saudação, o Papa frisou aos presentes que a “corrida” da Palavra de Deus continua também hoje e a Aliança Bíblica Universal está ao seu serviço. “A difusão da Bíblia através da publicação de textos em várias línguas e sua distribuição nos vários continentes é um trabalho louvável. Os dados que vocês publicam são significativos; alegro-me de saber que esta tarefa da Aliança Bíblica se realiza cada vez mais em colaboração com muitos católicos em vários países.”
E finalizou: “Peço ao Espírito Santo que guie e apoie sempre o trabalho de vocês”.