Mensagem

Papa pede responsabilidade moral a participantes de Fórum Econômico

Em sua mensagem, Francisco pediu cuidado com a casa comum e reafirmou: “somos todos membros de uma única família humana”

Da redação, com Vatican News

/ Foto: Reprodução Reuters

Manter alta a responsabilidade moral em buscar o desenvolvimento integral desta e das futuras gerações. Estes são os votos que o Papa Francisco fez aos participantes que se reúnem, a partir desta terça-feira, 21, em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. A mensagem é endereçada ao diretor-executivo da instituição, Klaus Schwab, ao qual o Pontífice agradece o convite para participar desta 50ª edição do Fórum. A Santa Sé será representada pelo prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson.

Nestes anos de trabalho, escreveu o Santo Padre, o Fórum procurou meios para reforçar a vontade política e a mútua colaboração para vencer o isolacionismo, o individualismo e a colonização ideológica, que ainda caracteriza o debate contemporâneo. Também o tema principal deste ano – a sustentabilidade – indica a necessidade de um maior empenho em todos os níveis para enfrentar as questões sobre as quais a humanidade se confronta, observou o Papa.

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Nas últimas cinco décadas, analisa Francisco, muitas políticas promoveram benefícios à humanidade; outras, tiveram efeitos negativos e criaram lacunas importantes no desenvolvimento. A partir deste fato, o Pontífice recorda que a consideração que jamais se deve perder de vista é: “Somos todos membros de uma única família humana”. Partindo desta premissa, o Santo Padre afirmou que homens e mulheres têm o dever moral de cuidar uns dos outros.

No centro da política pública, deve estar a pessoa, e não a busca pelo poder ou pelo lucro, alertou o Papa. De acordo com Francisco, este dever moral é imprescindível na busca de soluções aos desafios atuais, que devem ir além de visões utilitaristas a curto prazo. Ver os outros para alcançar um fim, escreve o Pontífice, significa promover a injustiça; espezinhar a dignidade de outra pessoa equivale a diminuir o seu valor.

O Santo Padre citou a sua Carta Encíclica Laudato si’, em que adverte para a importância de uma “ecologia integral”, que leve em consideração as implicações da complexidade e da interconexão da casa comum. Segundo o Papa, a ecologia integral exige uma dimensão ética renovada, que envolva também o setor econômico.

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As participantes deste e dos Fóruns futuros, Francisco desejou que mantenham alta a responsabilidade moral que cada umtem em buscar o desenvolvimento integral de todos os irmãos e irmãs, inclusive os das futuras gerações.

“Que as deliberações levem a um crescimento da solidariedade, especialmente para com os mais necessitados, que vivem a injustiça social e econômica e cuja própria existência está até mesmo ameaçada”, concluiu o Pontífice, invocando a benção do “Deus da sabedoria”.

O Fórum Econômico Mundial reúne cerca de três mil participantes de 120 países, entre os quais 53 chefes de estado e de governo. Até o dia 24 de janeiro, 350 palestras e workshops debaterão sobretudo o desafio da sustentabilidade e da coesão social.

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