Audiência

Papa pede diplomacia multilateral que responda aos problemas globais

Francisco recebeu em audiência os embaixadores junto à Santa Sé do Kuwait, Nova Zelândia, Malawi, Guiné, Suécia e Chade; em seu discurso, reiterou a importância do trabalho diplomático

Da redação, com Vatican News

Foto: Vandeville Eric /ABACA via Reuters

Na manhã desta quinta-feira, 7, o Papa recebeu em audiência uma comissão composta por seis novos embaixadores que representam o Kuwait, Nova Zelândia, Malawi, Guiné, Suécia e Chade junto à Santa Sé. Durante seu discurso, Francisco enfatizou a importância de uma “reconfiguração da diplomacia multilateral” e de “negociações em escala internacional”, especialmente num momento marcado por uma multiplicação de conflitos armados. O Pontífice referiu-se novamente a essa situação como “uma terceira guerra mundial em pedaços”.

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“À luz do escopo global dos conflitos atuais a comunidade internacional se vê obrigada a enfrentar, por meio dos instrumentos pacíficos da diplomacia, o desafio de buscar soluções abrangentes para as graves injustiças que tantas vezes os causam”, disse. O Pontífice citou então a Laudate Deum: uma diplomacia multilateral deve procurar “fornecer respostas concretas aos problemas emergentes e conceber mecanismos globais capazes de lidar com as mudanças ambientais, sanitárias, culturais e sociais atualmente em curso.”

Segundo o Santo Padre, o trabalho diplomático não deve buscar apenas prevenir e resolver conflitos, mas também consolidar a coexistência pacífica e o desenvolvimento humano dos povos, promovendo o respeito à dignidade humana, defendendo os direitos inalienáveis de cada homem, mulher e criança, além de promover modelos de desenvolvimento econômico e humano integral.

“Jardim” do futuro

Ao refletir sobre os elementos primordiais do trabalho diplomático, o Pontífice destacou a gestão das mudanças climáticas, tema de seu recente discurso na Cop28, em Dubai, proposto aos participantes pela voz de seu enviado, o Cardeal Pietro Parolin. A esperança reiterada por Francisco é que a cúpula “possa constituir um passo histórico para responder com sabedoria e clarividência às claras e presentes ameaças ao bem comum universal”.

“O futuro de todos depende do presente que escolhermos. Rezemos para que os líderes das nações se unam e tomem medidas concretas para entregar às gerações futuras um mundo mais parecido com o jardim fértil que o Criador confiou aos nossos cuidados e administração.”

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