Antes da oração do Angelus, o Papa Francisco refletiu sobre o ‘sim’ de Maria ao convite de Deus e adverte contra o consumismo que distrai nossos corações do verdadeiro espírito do Natal
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco conduziu a oração do Angelus na Praça de São Pedro no quarto e último domingo do Advento.
Refletindo acerca do Evangelho da Anunciação (Lc 1, 26-38), o Santo Padre disse que o convite a ser a Mãe do Messias traz consigo a pura alegria e a grande provação.
De acordo com o Evangelho, Maria estava noiva de José e enfrentaria a pena de morte se estivesse grávida.
“Certamente, a mensagem divina teria preenchido o coração de Maria de luz e força”, disse o Sucessor de Pedro. “No entanto, ela se viu diante de uma decisão crucial: dizer ‘sim’ a Deus, arriscando tudo, até mesmo sua vida, ou recusar o convite e continuar sua vida normal”.
O ‘sim’ ativo a Deus
O Papa Francisco observou como Maria consentiu com o convite de Deus de maneira sincera: “Faça-se em mim segundo a Tua palavra”.
O Pontífice ressaltou que, no grego original, a expressão atribuída a Maria “indica um forte desejo, a firme vontade de que algo aconteça”.
Não foi um ‘sim’ simples e submisso, disse o Papa. Maria ativamente se ligou a Deus. “Ela é uma mulher apaixonada, preparada para servir ao seu Senhor completa e imediatamente”.
Maria, acrescentou, não hesita nem impõe condições a Deus.
Sem considerar o custo
O Papa refletiu sobre quantas vezes procrastinamos na vida, mesmo em nossa vida espiritual. O Santo Padre disse que sabemos como orar, mas dizemos que não temos tempo.
“Sei que é importante ajudar alguém, mas hoje não posso. Farei isso amanhã.”
No entanto, ao cruzarmos o caminho do Natal, Maria nos convida a oferecer nosso ‘sim’ de maneira rápida e corajosa, custe o que custar.