Regina Coeli

Papa na Segunda-feira do Anjo: encontrar Cristo é descobrir a paz

Na segunda-feira após a Páscoa, a Igreja recorda o encontro do anjo com as mulheres que foram ao túmulo de Jesus

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco na Biblioteca do Palácio Apostólico, durante reflexão /Foto: IPA/ABACA via Reuters Connect

A Igreja vive nesta segunda-feira, 5, após a Páscoa, a Segunda-feira do Anjo. O dia recorda o encontro do anjo com as mulheres que foram ao túmulo de Jesus.

Da Biblioteca do Palácio Apostólico, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Regina Coeli.

Ele ressuscitou

No início de sua reflexão, o Pontífice sublinhou a frase do anjo para as mulheres: “Sei que procurais Jesus, o crucificado”. Ele não está aqui. Ele ressuscitou”.

A expressão “Ele ressuscitou”, explicou o Santo Padre, está além das capacidades humanas. As mulheres que foram ao túmulo e o encontraram aberto e vazio, não podiam afirmar: “Ele ressuscitou”.

“Que Jesus havia ressuscitado podia dizer somente um anjo. Assim como um anjo pode dizer a Maria: “Conceberás e darás à luz um filho […] e ele será chamado Filho do Altíssimo”.

Vitória de Deus sobre o mal

Francisco afirmou que o evangelista Mateus relata que naquela manhã de Páscoa “houve um grande terremoto”.

Um anjo do Senhor, de fato, desceu do céu, se aproximou, rolou a pedra e sentou-se sobre ela.

“Essa grande pedra, que deveria ter sido o selo da vitória do mal e da morte, foi colocada sob os pés, tornou-se o banquinho do anjo do Senhor”, observou o Papa.

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Deste modo, todos os planos e defesas dos inimigos e perseguidores de Jesus foram vãos.

De acordo com o Pontífice, a imagem do anjo sentado na pedra do sepulcro é a manifestação concreta e visível da vitória de Deus sobre o mal, da vitória de Cristo sobre o príncipe deste mundo, da luz sobre as trevas.

“O túmulo de Jesus não foi aberto por um fenômeno físico, mas pela intervenção do Senhor”.

Aparência do anjo

A aparência do anjo, acrescenta Mateus, “era como um relâmpago, e suas vestes, brancas como a neve”.

“Estes detalhes são símbolos que afirmam a intervenção do próprio Deus, portador de uma era nova, dos últimos tempos da história”, frisou o Pontífice.

Reação diante da intervenção de Deus

Segundo o Santo Padre, diante desta intervenção de Deus, há uma dupla reação. A primeira é a dos guardas. Eles são incapazes de enfrentar o poder esmagador de Deus. São abalados por um terremoto interior: ficaram atordoados.

O poder da Ressurreição, acrescentou Francisco, derruba aqueles que haviam sido utilizados para garantir a aparente vitória da morte.

A reação das mulheres é bem diferente. Elas são expressamente convidadas pelo anjo do Senhor a não temerem: “Não tenham medo!” e a não procurar Jesus no túmulo.

Encontrar Cristo é descobrir a paz

Das palavras do anjo, o Papa afirmou que é possível colher um ensinamento precioso: não cansar jamais de buscar o Cristo ressuscitado. Ele dá vida em abundância àqueles que o encontram.

“Encontrar Cristo significa descobrir a paz do coração. As mesmas mulheres do Evangelho, após a angústia inicial, experimentam uma grande alegria em encontrar o Mestre vivo”, comentou.

Cristo Ressuscitado não morre mais

Nesta Páscoa, o Pontífice manifestou o desejo de que todos façam a mesma experiência espiritual. Que acolham em seus corações, lares e famílias o alegre anúncio da Páscoa: “Cristo ressuscitado não morre mais, a morte não tem mais poder sobre ele”.

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“Esta certeza nos leva a rezar, hoje e durante o período pascal: “Regina Caeli, laetare – Rainha dos Céus, alegrai-Vos”, revelou Francisco.

O Santo Padre recordou a saudação do anjo Gabriel a Maria: “Alegrai-vos, cheia de graça!”. Segundo o Papa, agora a alegria de Maria é plena. “Jesus vive, o Amor venceu. Que seja também a nossa alegria!”, concluiu.

Após o Regina Coeli

Após a oração mariana do Regina Coeli, Francisco saudou todas as pessoas que participaram “deste momento de oração através dos meios de comunicação social”.

O Papa saudou de modo particular os idosos, os doentes, conectados de suas casas ou das casas de repouso e lares de idosos.

 “Envio-lhes uma palavra de encorajamento e gratidão pelo seu testemunho: estou próximo a vocês”, disse.

Em seguida, “desejou que todos passem estes dias da Oitava da Páscoa com fé, nos quais se prolonga a memória da Ressurreição de Cristo”.

“Aproveitem todas as boas ocasiões para serem testemunhas da alegria e da paz do Senhor Ressuscitado. Uma Feliz, serena e Santa Páscoa a todos!”, despediu.

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