Santo Padre deixou recomendação aos fiéis: ler o capítulo quinto do Evangelho de Mateus e decorar as bem-aventuranças: “São uma mensagem para toda a humanidade”
Da Redação, com Vatican News
Na catequese desta quarta-feira, 29, na Sala Paulo VI, o Papa Francisco anunciou um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado às bem-aventuranças. Na reflexão de hoje, o Santo Padre fez uma explicação global das palavras de Jesus e destacou que as bem-aventuranças contém a “carteira de identidade” dos cristãos.
Francisco afirmou que, antes de tudo, é importante como acontece a proclamação desta mensagem: suas palavras são endereçadas aos discípulos, com um horizonte mais amplo que é a multidão que se reuniu às margens do lago da Galileia – multidão que representa hoje toda a humanidade. “É uma mensagem para toda a humanidade”.
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.: Íntegra da catequese
A montanha ainda evoca o Sinai, onde Deus deu a Moisés os dez mandamentos. Jesus começa a ensinar uma nova lei: ser pobres, mansos, misericordiosos… que vai além de meras “normas”. Com efeito, Jesus nada impõe, mas revela o caminho da felicidade – o Seu caminho – repetindo oito vezes a palavra “bem-aventurados”.
O Papa explicou ainda que as bem-aventuranças são compostas por três partes. Primeiramente, consta sempre a palavra “bem-aventurados”; depois, a situação em que se encontram estes beatos: pobreza, aflição, injustiça, guerra, perseguição, etc.; e finalmente o motivo de tal felicidade, introduzido pela palavra “porque…”. “Seria belo aprender de cor as bem-aventuranças, para ter na mente e no coração esta lei que Jesus nos dá”.
O motivo da felicidade
Os “porquês” não dizem respeito à situação atual, mas à nova condição que os Bem-aventurados receberão de Deus. De fato, ao indicar tais motivos, Jesus usa frequentemente um futuro passivo: serão consolados, serão saciados, etc.
Francisco explicou ainda o significado da palavra “bem-aventurado”, que é uma pessoa que está numa condição de graça, que progride na graça de Deus e no caminho de Deus. “Paciência, pobreza, serviço aos outros, consolação: estas pessoas são felizes”.
Para doar-se à humanidade, Deus escolhe com frequência estradas impensáveis, provavelmente aquelas dos limites, das lágrimas, das derrotas. É a alegria pascal, afirmou o Papa, da qual falam os irmãos orientais, aquela que tem os estigmas, mas está viva, atravessou a morte e fez a experiência do poder de Deus.
O Papa então concluiu com uma recomendação aos fiéis: “As bem-aventuranças levam à alegria, sempre. São o caminho para chegar à alegria. E nos fará bem hoje pegar o Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 1-11 e ler as bem-aventuranças e talvez repetir isso algumas vezes durante a semana para entender este caminho belo e certo da felicidade que o Senhor nos propõe”.