Encontro com idosos

Papa fala da velhice como tempo de diálogo e doação

Santo Padre recebeu em audiência nesta manhã membros da Associação Italiana dos Trabalhadores Idosos

Da Redação, com Vatican News

Idosos devem ser considerados como ativos protagonistas, não mais apenas como objeto de intervenções assistenciais, defende Papa / Foto: Imagem de Sabine van Erp por Pixabay

A velhice como tempo da doação e do diálogo. Ao receber em audiência nesta segunda-feira, 16, membros da Associação Italiana dos Trabalhadores Idosos, Papa Francisco fez um discurso reiterando a importância dos idosos para uma sociedade mais justa e solidária.

Com relação à doação, o Papa recordou que as pessoas idosas não são um peso, mas um recurso e uma riqueza, e isso pode ser demonstrado pela sua contribuição às atividades de voluntariado. Essas são ocasiões preciosas para viver a dimensão da gratuidade, disse o Papa estimulando os idosos ao voluntariado.

“Comprometer-se no voluntariado promove o chamado ‘envelhecimento ativo’, contribuindo para melhorar a qualidade de vida pois lhe faltam dimensões importantes da própria identidade, como o papel de pais e o profissional com a aposentadoria”.

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O Santo Padre apontou ainda em seu discurso o desafio que será para a sociedade promover, com eficácia cada vez maior, os recursos humanos dos idosos nas comunidades. Ele destacou que os idosos devem ser considerados como ativos protagonistas, não mais apenas como objeto de intervenções assistenciais.

Já sobre o segundo aspecto – a velhice como tempo do diálogo – o Papa afirmo que o futuro de um povo supõe necessariamente o diálogo e o encontro entre jovens e idosos, para a construção de uma sociedade mais justa, bela, solidária e cristã. “Os jovens são a força do caminho de um povo e os idosos rejuvenescem esta força com a memória e a sabedoria”.

O Papa também falou da velhice como um tempo de graça, na qual Deus renova o seu chamado a preservar e transmitir a fé, o chamado à oração, especialmente para interceder, e o chamado a estar ao lado de quem precisa.

“Considerando e vivendo a velhice como o tempo da doação e o tempo de diálogo, pode-se contrastar o estereótipo tradicional do idoso: doente, inválido, dependente, isolado, assediado pelo medo, com identidade frágil perdendo com isso seu papel social”, afirmou.

Agindo deste modo, acrescentou, evita-se de focar a atenção geral sobre custos e riscos da presença de idosos, valorizando seus recursos e potencialidades.

Por fim, o Papa considerou que, unindo a riqueza dos jovens e dos idosos, contrasta-se a venenosa “cultura do descarte”, sendo chamados assim a “construir com tenacidade uma sociedade diversa, mais acolhedora, mais humana, mais inclusiva, que não precisa descartar os frágeis de corpo e de mente, ao contrário, uma sociedade que mede seu próprio passo justamente com estas pessoas”.

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