Jornal italiano publica prefácio de Francisco para primeiro volume de série de reflexões sobre Ano da Oração em preparação para o Jubileu de 2025
Da Redação, com Vatican News
“A oração é a respiração da fé, é sua expressão mais adequada”. É o que escreve o Papa Francisco no prefácio do livro “Orar hoje. Um desafio a ser superado”, assinado pelo Cardeal Angelo Comastri. Trata-se do primeiro volume de uma série que será disponibilizada ao longo do Ano da Oração em preparação para o Jubileu de 2025, inaugurado neste domingo, 21.
O texto foi publicado nesta terça-feira, 23, pelo Jornal Avvenire, o diário da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Nele, o Pontífice também enfatizou a importância de preparar-se para um momento tão importante para a Igreja quanto um Jubileu. Ele recordou que o ano de 2023 foi dedicado à redescoberta dos ensinamentos conciliares e acrescentou que agora é preciso dedicar-se à oração.
“De fato, em nosso tempo, sente-se cada vez mais a necessidade de uma verdadeira espiritualidade, capaz de responder às grandes interpelações que surgem todos os dias em nossa vida, provocadas também por um cenário mundial que certamente não é sereno”, registra. O Santo Padre cita que problemas como a crise ecológica, econômica e social agravada pela recente pandemia, as guerras e a cultura da indiferença e do descarte tende a sufocar as aspirações de paz e solidariedade e a afastar Deus da vida pessoal e social.
Diante das adversidades, orar
O texto de apresentação da obra prossegue enfatizando a oração como resposta para os acontecimentos atuais. É esta prática que ajudará os cristãos a aderirem à vontade de Deus, segundo o Pontífice. “É um tempo em que, tanto pessoal como comunitariamente, se pode redescobrir a alegria de rezar na variedade de formas e expressões. (…) Um ano para fazer a experiência quase de uma ‘escola de oração’, sem tomar nada como certo ou óbvio, sobretudo no que diz respeito à nossa maneira de orar, mas fazendo nossas, todos os dias, as palavras dos discípulos quando pediram a Jesus: ‘Senhor, ensina-nos a orar’ (Lc 11,1)”.
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O Santo Padre também aponta para o convite à humildade, abrindo espaço para a oração que brota do Espírito Santo. “É Ele quem sabe como colocar as palavras certas em nosso coração e em nossos lábios para serem ouvidas pelo Pai”, sinaliza, adicionando que “a oração no Espírito Santo é o que nos une a Jesus e nos permite aderir à vontade do Pai”.
Por fim, Francisco alertou para que todos os santuários do mundo, que naturalmente são lugares privilegiados de oração, promovam esta experiência aos peregrinos de serenidade e consolação em meio às adversidades. “Que a oração pessoal e comunitária se torne incessante, sem interrupção, de acordo com a vontade do Senhor Jesus para que o Reino de Deus se estenda e o Evangelho chegue a todas as pessoas que pedem amor e perdão”, concluiu o Santo Padre.