Pós angelus

Papa em apelo pela Ucrânia: quem faz a guerra esquece a humanidade

Com o coração dilacerado pelo que ocorre na Ucrânia, Papa pediu: cessem as armas!

Da Redação, com Boletim da Santa Sé 

Papa pede que fiéis continuem a suplicar a Deus pelo fim do conflito / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

Após a oração do Angelus, neste domingo, 27, Papa Francisco renovou o apelo pela Ucrânia. O Papa diz que o mundo foi abalado por algo muito trágico: a guerra. O Pontífice pediu que possamos rezar  e suplicar a Deus ainda mais intensamente.

“Por isso, renovo a todos o convite para fazer, no dia 2 de março, Quarta-Feira de Cinzas, um dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia. Um dia para estar próximo do sofrimento do povo ucraniano, para sentir-nos todos irmãos e implorar a Deus o fim da guerra”, explicou o Papa.

Quem faz a guerra esquece a humanidade

O Pontífice frisou ainda que quem faz a guerra esquece o ser humano. “Quem faz a guerra esquece a humanidade. Não parte das pessoas, não olha a vida concreta das pessoas, mas coloca diante de tudo interesses de parte e de poder. Confia-se à lógica diabólica perversa das armas, que é a mais distante da vontade de Deus”.

Com o coração dilacerado pelo que ocorre na Ucrânia – e lembrando que há guerras em outras partes do mundo, como no Iêmen, na Síria, na Etiópia, Francisco repetiu de maneira firme: “Cessem as armas!”

“Deus está com os agentes de paz, não com quem usa a violência. Porque quem ama a paz, como diz a Constituição Italiana, “repudia a guerra como instrumento de ofensa à liberdade dos outros povos e como meio de resolução das controvérsias internacionais” (Art.11)”, concluiu. 

Leia, abaixo, o texto completo do apelo de Francisco:

“Nestes dias, fomos atingidos por algo muito trágico: a guerra. Muitas vezes rezamos para que não fosse embocada essa estrada. Não deixemos de rezar, antes, supliquemos a Deus ainda mais intensamente. Por isso, renovo a todos o convite para fazer, no dia 2 de março, Quarta-Feira de Cinzas, um dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia. Um dia para estar próximo do sofrimento do povo ucraniano, para sentir-nos todos irmãos e implorar a Deus o fim da guerra.

Quem faz a guerra esquece a humanidade. Não parte das pessoas, não olha a vida concreta das pessoas, mas coloca diante de tudo interesses de parte e de poder. Confia-se à lógica diabólica perversa das armas, que é a mais distante da vontade de Deus. E se distancia do povo comum que quer a paz; e que em todo conflito é a verdadeira vítima, que paga na própria pele a loucura da guerra. Penso nos idosos, em quantos nessa hora procuram refúgio, nas mães em fuga com suas crianças…São irmãos e irmãs pelos quais é urgente abrir corredores humanitários e que sejam acolhidos.

Com o coração dilacerado pelo que ocorre na Ucrânia – e não esqueçamos as guerras em outras partes do mundo, como no Iêmen, na Síria, na Etiópia… – repito: cessem as armas! Deus está com os agentes de paz, não com quem usa a violência. Porque quem ama a paz, como diz a Constituição Italiana, “repudia a guerra como instrumento de ofensa à liberdade dos outros povos e como meio de resolução das controvérsias internacionais” (Art.11)”.

 

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