Audiência

Papa discursa à Ação Católica: Apóstolos de hoje devem ver, julgar e agir

Papa Francisco recebeu hoje em audiência representantes franceses da Ação Católica

Da Redação, com Vatican News

Na manhã desta quinta-feira, 13, o Papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano os representantes da Ação Católica na França. A temática abordada por Francisco foi sobre a Peregrinação “Apostolos hoje”. Francisco refletiu sobre a eficácia dos discípulos que caminhavam com Jesus no caminho de Emaús anunciando a ressurreição do Cristo. E com isso, convidou todo cristão a refletir sobre as três palavras: ver, julgar e agir.

A primeira etapa – ver – é básica, destacou o Papa, e consiste em se deter para observar os acontecimentos que formam a vida, que constituem a história, as raízes familiares, culturais e cristãs. A pedagogia da Ação Católica começa sempre com um momento de memória, ou seja, compreender e perceber como Deus estava presente em cada instante.

“A sutileza e a delicadeza da ação do Senhor em nossas vidas às vezes nos impede de compreendê-la no momento, e é preciso percorrer essa distância para compreender sua coerência”.

Francisco recordou que, na Fratelli tutti, há um olhar inicial sobre a situação. “Sem memória, nunca se avança; não se evolui sem uma memória íntegra e luminosa” (249).

Segunda etapa: julgar e discernir

Em seguida, a etapa do julgar e discernir. “É o momento em que nos permitimos ser questionados, ser desafiados. A chave para esta etapa é a referência à Sagrada Escritura”, disse o Papa. E acrescentou: “No encontro entre os acontecimentos do mundo e de nossas vidas, por um lado, e a Palavra de Deus, por outro, podemos discernir os apelos que o Senhor nos faz”.

O Pontífice observou ainda que os movimentos da Ação Católica desenvolveram, em sua história, verdadeiras práticas sinodais, especialmente na vida em grupo, que é a base de sua experiência. E recordou que a Igreja, como um todo, também está envolvida num processo sinodal, que não é uma simples discussão, mas um estilo a ser adotado, cujo protagonista principal é o Espírito Santo.

“Por favor, deem sempre um lugar importante à Palavra de Deus na vida de seus grupos. E igualmente um espaço à oração, à interioridade e à adoração”.

Terceira etapa: agir

Ao se referir à terceira etapa – agir – o Papa disse que o Evangelho ensina que a ação deve ter sempre a iniciativa de Deus. Aprofundando o tema, destacou que o papel de cada um é, portanto, apoiar e encorajar a ação de Deus nos corações, adaptando-se à realidade em constante mudança.

Francisco pontuou ainda que as pessoas que os movimentos encontram – particularmente os jovens – não são as mesmas de alguns anos atrás. São mais sensíveis à afetividade e, portanto, mais vulneráveis, mais frágeis que as gerações anteriores, menos enraizados na fé, mas, mesmo assim, em busca de sentido e verdade, e não menos generosos.

“É missão da Ação Católica, encontrá-los, aceitá-los como eles são, fazê-los crescer no amor a Cristo e ao próximo e levá-los a um compromisso mais concreto, para que possam ser protagonistas de suas próprias vidas e da vida da Igreja, para que o mundo possa mudar”.

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