O Pontífice destacou o importante papel desenvolvido por aqueles que possuem a missão de cuidar dos doentes.
Liliane Borges
Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco pede aos enfermos que testemunhem o amor de Cristo por meio do sofrimento / Foto: Arquivo
O Papa Francisco recebeu neste sábado, 9, em audiência na sala Paulo VI, no Vaticano, membros, voluntários e colaboradores da União Italiana de Transporte de pessoas doentes ao Santuário de Lourdes e outros santuários, a UNITALSI. A entidade celebra 110 anos de serviço aos doentes.
O Santo Padre ressaltou que o trabalho da associação tem um “estilo tipicamente evangélico”, sublinhando não tratar-se de uma obra de assistencialismo ou filantropia, mas genuíno anúncio do Evangelho da caridade, mistério de consolação.
“Sois homens e mulheres, mães e pais, tantos jovens, que, levados pelo amor de Cristo e a exemplo do Bom Samaritano, perante o sofrimento, não voltais a cara para o outro lado. Pelo contrário, procurai ser um olhar que acolhe, uma mão que levanta e acompanha, palavra de conforto, abraço de ternura”, declarou o Pontífice.
Francisco pediu aos membros da associação para não desanimarem perante as dificuldades ou o cansaço, mas a continuarem a dar tempo, sorriso e amor aos irmãos necessitados. “Que cada pessoa doente e frágil possa ver no vosso rosto o rosto de Jesus”, pediu o Papa.
O Santo Padre acolheu também os enfermos que participaram da Audiência, exortando-os a não se considerarem apenas objeto de solidariedade e de caridade, mas a participarem plenamente na vida e missão da Igreja.
“Vós tendes o vosso lugar, um papel específico na paróquia e em todos os meios da Igreja. A vossa presença silenciosa, mas, mais eloquente do que tantas palavras, a vossa oração, a oferta quotidiana dos vossos sofrimentos em união com os de Jesus crucificado para a salvação do mundo, a aceitação paciente e também jubilosa da vossa condição, são um recurso espiritual, um patrimônio para cada comunidade cristã. Não vos envergonheis de ser um tesouro precioso da Igreja”, concluiu o Papa.