Pontífice dirigiu algumas palavras à delegação libanesa; Francisco afirmou que o país passou momentos ruins e difíceis e garantiu a sua proximidade
Vatican News
“O Líbano é um país, uma mensagem e também uma promessa pela qual lutar”. Foram as palavras do Papa Francisco ao receber, na manhã desta quinta-feira, 25, no Vaticano, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati.
O Pontífice dirigiu algumas palavras à delegação libanesa após a tradicional troca de dons. Ele afirmou que o País dos Cedros passou momentos ruins e difíceis, e garantiu a sua oração, a sua proximidade e o seu empenho para que tome forma um esforço comum para ajudar o Líbano a se reerguer.
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Por fim, citou o trecho do Evangelho em que Jesus vai até à casa de Jairo e, segurando a filha morta pela mão, diz a ela para se levantar. Francisco então acrescentou: “Senhor Deus, pegue o Líbano pela mão e diga-lhe: Levanta-te!”. Antes da despedida, houve um momento de oração silenciosa.
País em crise
Os momentos difíceis aos quais o Santo Padre se referiu foram às crises econômica, política e social vividas nos últimos anos pela população. Outro episódio que feriu a nação foi a explosão no porto de Beirute.
De fato, o presente do primeiro-ministro ao Papa foi singular: um tijolo da Igreja melquita de São Salvador, que foi gravemente danificada pela explosão em 4 de agosto de 2020. Várias vezes Francisco manifestou a intenção de visitar o Líbano assim que as condições o permitirem.
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Santa Sé e Líbano
Depois da audiência, a delegação libanesa se reuniu com o secretário de Estado, card. Pietro Parolin, acompanhado do secretário das Relações com os Estados, dom Paul Richard Gallagher.
No decorrer dos colóquios, foram destacadas as históricas relações entre a Santa Sé e o Líbano e o importante papel que a Igreja católica desempenha no país. Fez-se referência à situação atual que o povo libanês está vivendo, sobretudo no que diz respeito à crise política e às condições socioeconômicas, auspiciando que a justiça, as necessárias reformas e o amparo da comunidade internacional ajudem a estabilizar o País dos Cedros.