Migrantes

Em Missa, Papa recordará aniversário de sua visita a Lampedusa

Missa acontecerá na próxima quarta-feira, 8, na Casa Santa Marta

Da redação, com Boletim da Santa Sé

Nesta quarta-feira, 8, às 11h (horário de Roma), no aniversário de sua visita a Lampedusa em 2013, o Papa Francisco celebrará a Santa Missa na capela da Casa Santa Marta. A tragédia na ilha que faz fronteira entre a Itália e a África causou a morte de 368 migrantes.

Dada a situação de saúde, apenas os funcionários da Seção de Migrantes e Refugiados do Departamento de Promoção do Desenvolvimento Humano Integral participarão da Missa.

No ano passado, o Papa Francisco já havia recordado a data, com uma Missa privada na Basílica de São Pedro. Na homilia, o Pontífice sublinhou: 

“Neste sexto aniversário da visita a Lampedusa, penso nos ‘últimos’ que diariamente clamam ao Senhor, pedindo para ser libertados dos males que os afligem. São os últimos enganados e abandonados a morrer no deserto; são os últimos torturados, abusados e violentados nos campos de detenção; são os últimos que desafiam as ondas de um mar impiedoso; são os últimos deixados em acampamentos de acolhimento (demasiado longo, para ser chamado de temporário). Estes são apenas alguns dos últimos que Jesus nos pede para amar e levantar.”

Francisco em Lampedusa

O Papa Francisco visitou Lampedusa, no dia 8 de julho de 2013, para rezar pelas vítimas do naufrágio na região. Em homilia, nesta ocasião, o Santo Padre fez uma reflexão sobre a indiferença humana diante das tragédias. “A globalização da indiferença nos tirou a capacidade de chorar!”, disse.

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Proximidade aos migrantes

Um ano depois de sua visita a Lampedusa, o Pontífice recebeu no Vaticano uma delegação de sobreviventes e familiares do naufrágio de 2013. Na ocasião, Francisco destacou que o que aquelas pessoas sofreram se contempla no silêncio, no choro e na busca de proximidade. Ele enfatizou como é difícil a situação de chegar ao porto e encontrar portas fechadas e ficar sem saber para onde ir.

“Mas há muitas pessoas que têm o coração aberto para vocês. A porta do coração é a mais importante nesses momentos. Peço a todos os homens e mulheres da Europa que abram as portas do coração! Quero dizer que sou próximo a vocês, rezo por vocês, rezo pelas portas fechadas para que se abram!”

A delegação recebida pelo Papa era composta por 37 sobreviventes e seus familiares, provenientes de diversos países europeus onde encontraram acolhimento.

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