Fraternidade

Em carta, Papa pede por solidariedade e respeito por cada pessoa

Carta do Papa foi enviada por ocasião da conferência on-line “Construindo a Fraternidade, defendendo a Justiça. Desafios e oportunidades para os povos das ilhas”

Da redação, com Boletim da Santa Sé

Nesta sexta-feira, 21, o Papa Francisco enviou uma carta ao Prefeito do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson por ocasião da conferência on-line “Construindo a Fraternidade, defendendo a Justiça. Desafios e oportunidades para os povos das ilhas”. 

A conferência foi realizada hoje e organizada pelo mesmo Dicastério e pelo Centro Anglicano de Roma. 

Na carta, o Papa afirmou que a importante iniciativa ecumênica, envolvendo o diálogo mútuo nascido da sabedoria e experiência de várias tradições cristãs, oferece uma oportunidade para os crentes, líderes governamentais e membros da sociedade civil mais ampla, especialmente os jovens, para enfrentar os desafios específicos enfrentados pelos povos insulares. 

“Entre eles, destaco a violência, o terrorismo, a pobreza, a fome e as múltiplas formas de injustiça e desigualdade social e econômica que hoje prejudicam a todos, mas em particular às mulheres e crianças.”

Meio Ambiente

O Papa também lembrou que é preocupante o fato de que muitos povos insulares estão expostos a mudanças ambientais e climáticas extremas, algumas das quais resultam de uma exploração desenfreada dos recursos naturais e humanos. 

Como consequência, vivem não só uma degradação ambiental, mas também uma degradação humana e social que coloca cada vez mais em risco a vida dos habitantes destas ilhas e territórios marítimos. 

“Espero que a Conferência contribua para o desenvolvimento de políticas internacionais e regionais práticas destinadas a enfrentar esses desafios de forma mais eficaz e fortalecer a consciência da responsabilidade de todos de cuidar de nossa casa comum”, afirmou.

Pandemia 

“Nestes meses de pandemia, nos tornamos cada vez mais conscientes de nossa fragilidade e, consequentemente, da necessidade de uma ecologia integral que possa sustentar não só os ecossistemas físicos, mas também os humanos.”

Citando a Laudato Sí, Francisco recordou que “uma vez que tudo está interligado (…), o cuidado genuíno com a própria vida e com a relação com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros”. 

Por isso, uma atitude de solidariedade e respeito por cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, é tanto mais necessária para unir o amor sincero aos irmãos com um compromisso inabalável de resolver os problemas ambientais e sociais que afetam as pessoas que vivem nas zonas insulares e marítimas. 

“Agradeço o esforço contínuo que está sendo feito para construir a fraternidade e defender a justiça nas sociedades dessas regiões e espero que o trabalho realizado durante este encontro seja um sinal do importante papel que os povos das ilhas pode contribuir para o crescimento de um mundo mais humano e inclusivo”, finalizou. 

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