Nesta segunda-feira, Papa teve audiência com religiosas Irmãs da Caridade, reunidas em Roma para seu Capítulo Geral
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta segunda-feira, 11, as participantes do Capítulo Geral das Irmãs da Caridade de Santa Giovanna Antida Thouret, em curso em Roma de 25 de setembro a 15 de outubro.
Francisco comentou a coincidência desse Capítulo com a abertura do Sínodo dos Bispos sobre sinodalidade, realizada ontem. Ele destacou que o caminho que se assume como Igreja de crescer na sinodalidade é um estímulo forte também para os Institutos de vida consagrada.
Em particular, as consagradas são uma presença insubstituível na Igreja, ressaltou o Papa. Aqui, o Pontífice recordou a imagem das muitas mulheres presentes na multidão que seguia Jesus pelos caminhos da Galileia. “Eu gosto de pensar que vocês consagradas são uma extensão da presença feminina que caminhava com Jesus e os Doze, partilhando a missão e dando sua contribuição particular”.
O tema do Capítulo das religiosas é “Recomeçar de Betânia, com a solicitude de Marta e a escuta de Maria”. Francisco observou que de novo aparece a presença de duas mulheres, Marta e Maria, duas discípulas que tiveram um lugar muito importante na vida de Jesus e dos Doze.
“Isto confirma que, primeiramente, como mulheres e como batizadas, ou seja, discípulas de Jesus, vocês são uma presença viva na Igreja, participando da comunhão e da missão. Nunca devemos esquecer o que está na base: o Batismo. Porque aqui está a raiz de tudo. Desta raiz Deus fez crescer em vocês a planta da vida consagrada, de acordo com o carisma de Santa Joana Antida”, disse Francisco.
Solicitude e escuta
Ainda a partir do tema do Capítulo, o Papa destacou as palavras “solicitude” e “escuta”. Vivendo isso, as religiosas continuarão dando uma valiosa contribuição para o caminho de toda a Igreja, disse o Pontífice. Ele citou, em particular, a solicitude e a escuta para com os pobres.
“Aqui vocês são mestras. Vocês são mestras não com palavras, mas com obras, com a história de muitas de suas irmãs que deram suas vidas por isso, na solicitude e na escuta dos idosos, dos doentes, dos marginalizados, na proximidade aos pequenos, aos últimos com a ternura e a compaixão de Deus. Isto edifica a Igreja, faz caminhar no caminho de Cristo, que é o caminho da caridade”.
Por fim, o Papa destacou que o estilo de Deus é este: da proximidade, ternura e compaixão. “À medida em que nós fizermos o mesmo, seremos mais similares a sermos pastores como Deus. Não se esqueçam disso: sempre proximidade, sempre compaixão e sempre ternura”, concluiu.