Na véspera do Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, o Papa fez um alerta
Da redação, com Vatican News
Economia não pode favorecer o tráfico de pessoas. Foi o que advertiu o Papa Francisco, ao final do Angelus deste domingo, 7. O Santo Padre recordou que nesta segunda-feira, 8, é celebrada a memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita. A religiosa sudanesa viveu a humilhação e o sofrimento da escravidão. A santa foi explorada desde os 9 anos de idade. Bakhita é símbolo do compromisso da Igreja contra a escravidão.
Programação do Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas
Também é celebrado nesta segunda, o VII Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas. A sétima edição, devido à pandemia, acontecerá inteiramente on-line. A programação da data é coordenada por Talitha Kum – a rede de vida consagrada contra o tráfico de pessoas da União Internacional de Superiores Gerais (UISG). As atividades ocorrerão das 10h às 17h, em transmissão ao vivo no canal do YouTube do Dia Mundial, com traduções em cinco idiomas.
Participação do Papa
O Papa participará da programação com uma mensagem em vídeo. O Pontífice pretende chamar a atenção do público para uma das principais causas do tráfico de pessoas: o modelo econômico dominante. As limitações e contradições econômicas foram exacerbadas pela pandemia de Covid-19. O tema desta edição é: “Economia sem tráfico de pessoas”.
Esperança
Após o Angelus, o Santo Padre expressou esperança de que, com a ajuda de Santa Bakhita, homens e mulheres não sejam considerados mercadorias. “Este ano o objetivo é trabalhar por uma economia que não favoreça, mesmo indiretamente, esse tráfico ignóbil. Ou seja, uma economia que nunca faz do homem e da mulher uma mercadoria, um objeto, mas sempre o fim. O serviço ao homem, à mulher, mas não usá-los como mercadoria. Peçamos a Santa Josefina Bakhita que nos ajude nisto”.