ÀS RELIGIOSAS

Papa em audiência: “sem a verdadeira pobreza, não há vida religiosa”

Francisco recebeu, no Vaticano, as Irmãs Educadoras de Notre Dame, que vivem seu 25º Capítulo Geral em Roma; ele recordou o testemunho da fundadora da Congregação

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco cumprimenta religiosa durante audiência no Vaticano / Foto: Vatican Media/Catholic Press Photo/IPA via Reuters Connect

O Papa Francisco recebeu em audiência nesta segunda-feira, 13, as Irmãs Educadoras de Notre Dame. As religiosas estão reunidas em Roma por ocasião do 25º Capítulo Geral da Congregação fundada pela beata Teresa de Jesus Gerhardinger. O Capítulo se encerra na sexta-feira, 17, aniversário de beatificação da fundadora da Congregação.

Em seu discurso, o Pontífice recordou o legado da beata, afirmando que ela “foi um testemunho de fé transformadora, de coragem para criar novos caminhos e dedicação à educação dos jovens”. Ele destacou que a pedagogia de Teresa de Jesus Gerhardinger foi pensada de maneira integral, unindo instrução intelectual, cuidado com o espírito e formação de pessoas compassivas, responsáveis e centradas em Cristo.

“A pobreza é a âncora da vida consagrada”

O Santo Padre afirmou que as religiosas, inspiradas por sua fundadora, seguiram por esses três caminhos de educação, serviço e espiritualidade. Na sequência, frisou um outro aspecto essencial na vida consagrada: a pobreza.

“Sem a verdadeira pobreza, não há vida religiosa. A pobreza é a âncora da vida consagrada. E não é apenas uma virtude, não: é a guardiã. Não se esqueçam disso. Esse firme fundamento permitiu que as Irmãs Educadoras de Notre Dame saíssem pelo mundo e testemunhassem o Evangelho, tornando Cristo visível por meio da presença de vocês, cheias de fé, esperança e caridade”, declarou.

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Na sequência, Francisco ressaltou o pioneirismo das irmãs como mulheres que “professam os conselhos evangélicos” e abraçam a dimensão profética da vida consagrada, que “constitui um memorial vivo do modo de Jesus existir e agir como o Verbo Encarnado diante do Pai e diante de seus irmãos e irmãs”. Assim, a dedicação das religiosas mostra-se como um sinal da prontidão para servir – e servir em Deus – ao próximo.

Permanecer fiéis às raízes

O Papa as exortou a, durante a reflexão de novos caminhos para a Congregação, permanecerem “enraizadas sempre no sólido alicerce estabelecido pela fundadora”. “Eu vos encorajo a continuar a ser testemunhas corajosas da solidariedade evangélica, em um momento em que muitos experimentam fragmentação e desunião”, disse.

Por fim, ele frisou também o aspecto da escuta, “uma virtude que devemos cultivar em nossas comunidades, na vida consagrada”. O Pontífice  expressou sua alegria por receber as religiosas, e desejou às irmãs um bom êxito na conclusão do Capítulo Geral. “Que o Espírito Santo lhes conceda seus dons em abundância, de modo que as deliberações e decisões do Capítulo possam dar muitos frutos na vida de vossa comunidade. E darão frutos se vocês souberem ouvir”, concluiu.

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