ORAÇÃO E CARIDADE

“Mãos unidas diante de Deus e mãos estendidas aos irmãos”, indica Papa

Francisco recebeu lideranças das Filhas do Divino Zelo e dos Rogacionistas do Coração de Jesus e falou sobre a oração pelas vocações e o agir dos religiosos

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco cumprimenta religiosa em audiência nesta segunda-feira, 18 / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

O Papa Francisco recebeu em audiência lideranças das Filhas do Divino Zelo e dos Rogacionistas do Coração de Jesus na manhã desta segunda-feira, 18. Elas permanecerão reunidas em Roma entre os dias 17 e 24, com o objetivo de fortalecer os laços de comunhão carismática, revisar as atividades realizadas e planejar o futuro dos Institutos fundados por Santo Aníbal Maria Di Francia, em sintonia com a Igreja e as propostas das Resoluções Capitulares.

Durante o encontro, o Pontífice expressou a sua alegria em estar com estes representantes durante o momento em que estão refletindo e trabalhando em seus caminhos congregacionais. Ele ressaltou a importância de abordar assuntos como a consagração, a identidade carismática, a comunhão fraterna e a missão, aspectos fundamentais da vida religiosa.

Todos esses aspectos, para serem aprofundados, demandam a capacidade de ouvir e discernir, na oração e na partilha, e coragem para continuar sendo fiel à inspiração original do fundador, porém com atenção às necessidades de um mundo em transformação.

Importância da oração

Durante a sua fala, o Santo Padre refletiu especialmente sobre a oração pelas vocações. Recordando Santo Aníbal, ele afirmou que a oração é o fio que percorreu a vida do religioso. “É na oração fiel e perseverante, particularmente na Adoração, que tudo adquire harmonia, que se apreendem mais claramente os próprios objetivos, encontrando no Senhor a força e a luz para realizá-los segundo os seus desígnios”, declarou.

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Santo Aníbal disse que “sem esse fogo interior, que se chama vida espiritual, oração, penitência […] não se pode realizar nenhuma obra verdadeiramente boa”. Diante disso, Francisco indicou que é importante “que haja um diálogo prolongado com o Senhor todos os dias, e depois uma invocação a Ele antes de cada momento importante, de cada reunião, de cada decisão”.

Orar e agir

Em relação à oração pelas vocações, o Papa assinalou outro ensinamento de Santo Aníbal: orar pelas vocações não é persuadir Deus a enviar pastores, como se Ele não se importasse com seu povo, mas para se deixar dominar cada vez mais pela visceralidade de Seu amor paterno e materno. “Vocês nasceram das mãos unidas de um Santo, que as consagrou a Cristo com a sua oração”, exprimiu.

Aproximando-se do fim do seu discurso, o Pontífice exortou os presentes a serem “especialistas de Deus”. “Não tanto como estudiosos de técnicas, estatísticas e teorias, por mais úteis que sejam, mas daquela sabedoria que se amadurece fazendo primeiro os ‘calos nos joelhos’ e depois ‘nas mãos’. Sejam especialistas, isto é, nas artes da oração e da caridade: mãos unidas diante de Deus e mãos estendidas aos seus irmãos e irmãs”, concluiu.

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