MÁRTIR NA 2ª GUERRA

Celebrado nesta segunda, São Maximiliano Kolbe é recordado pelo Papa

Memória litúrgica do santo polonês é celebrada nesta segunda-feira, 14; Francisco relembrou homilia de 2020, na qual afirmou que “só o amor apaga o ódio”

Da Redação, com Vatican News

São Maximiliano Kolbe / Foto: Domínio público

O Papa Francisco publicou uma mensagem em seu perfil no Twitter/X sobre o amor e o ódio. A mensagem relaciona-se com a memória litúrgica de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir, cuja celebração acontece nesta segunda-feira, 14.

O Pontífice relembrou um trecho de sua homilia no encontro de Oração pela Paz no Espírito de Assis em outubro de 2020: “Só o amor apaga o ódio, só o amor vence completamente a injustiça. Só o amor dá espaço ao outro. Só o amor é o caminho para a plena comunhão entre nós”. O texto faz referência às palavras “o ódio não serve a nada, somente o amor cria”, atribuídas a São Maximiliano Kolbe.

Vida de São Maximiliano Kolbe

Ele nasceu em 7 de janeiro de 1894, em Zduńska-Wola, região polonesa à época controlada pela Rússia. Seu pai, tecelão, e sua mãe, parteira, eram cristãos fervorosos, que lhe deram o nome de Raimundo. Em 1910, entrou para a Ordem dos Frades Menores Conventuais, onde recebeu o nome de Maximiliano; em 1918, foi ordenado sacerdote. Pouco tempo depois, foi diagnosticado por tuberculose.

Com a autorização de seus superiores, fundou a Milícia da Imaculada, uma associação religiosa cujo objetivo era a conversão de todos os homens por meio de Maria. Em 1921, o padre Maximiliano Kolbe fundou uma revista de poucas páginas intitulada “O Cavaleiro da Imaculada”, para difundir o espírito da Milícia, que teve milhões de cópias distribuídas.

Em Varsóvia, graças à doação de um terreno pelo Conde Lubecki, Maximiliano fundou “Niepokalanów” (que significa “Cidade de Maria”). O centro desenvolveu-se rapidamente. Ele também fundou outras “Cidades de Maria” em Nagasaki, no Japão, e em Ernakulam, na Índia. Depois deste período, voltou para a Polônia para tratar a tuberculose.

A 2ª Guerra Mundial

Durante a 2ª Guerra Mundial, após a invasão da Polônia, em 1° de setembro de 1939, os nazistas mandaram destruir a Niepokalanów, onde judeus recebiam ajuda dos religiosos. Alguns dias depois, os alemães prenderam o padre Maximiliano Kolbe e os outros frades e os levaram para o campo de extermínio, de onde foram, inesperadamente, libertados no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

No entanto, depois de alguns meses, os refugiados na Niepokalanów foram expulsos ou presos. Por sua vez, o Padre Kolbe, ao recusar a naturalização alemã para se salvar, foi preso em 17 de fevereiro de 1941, junto com quatro frades. Ao ser maltratado pelos guardas da prisão, foi obrigado a usar veste civis, porque o hábito franciscano “perturbava” os nazistas.

Em 28 de maio, Padre Kolbe foi deportado para o campo de concentração de Auschwitz. Com o número 16670, foi colocado junto com os judeus, por ser sacerdote, onde foi obrigado a trabalhos forçados, como o transporte de cadáveres para os fornos crematórios.

Martírio

No final de julho, o Padre foi transferido para um bloco onde os prisioneiros trabalhavam na lavoura. Contudo, um deles conseguiu escapar. Por isso, os nazistas escolheram dez prisioneiros para morrer no lugar do fugitivo. O sacerdote ofereceu-se para morrer no lugar de um dos “escolhidos”, pai de família e companheiro de prisão.

Assim, o padre Maximiliano ficou preso por cerca de 14 dias em um bunker. Tendo sobrevivido, foi morto com uma injeção de fenol e levado para os fornos crematórios na véspera da Festa da Assunção, sendo martirizado em 14 de agosto de 1941. Ele foi canonizado por São João Paulo II, em 10 de outubro de 1982.

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