APÓS O ANGELUS

Papa pede por resposta humanitária no Panamá e orações pela paz

Francisco lembrou dos migrantes que correm riscos ao atravessar selva de Darién, no Panamá, e das vítimas das guerras em Israel e na Palestina: “é terrorismo, é guerra”

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco fala aos fiéis após a oração do Angelus / Foto: Reprodução Vatican Media no YouTube

Após a oração do Angelus deste domingo, 17, o Papa Francisco fez alguns apelos à comunidade internacional. Além de recordar as vítimas das guerras em curso ao redor do mundo, o Pontífice também lembrou dos migrantes que tentam atravessar a selva de Darién, entre a Colômbia e o Panamá, a fim de tentar chegar aos Estados Unidos.

Na véspera do Dia Internacional dos Migrantes, que será celebrado nesta segunda-feira, 18, o Santo Padre citou os riscos da travessia à qual muitas famílias se submetem. Elas são “enganadas por quem lhes promete falsamente um caminho curto e seguro, maltratadas e roubadas”, e “muitos perdem a vida naquela selva”.

O governo do Panamá registrou que mais de meio milhão de migrantes cruzaram a floresta neste ano. Estes números correspondem ao dobro do que foi verificado em 2022. Todos tentam cruzar o “Darién Gap”, um “corredor” de 265 quilômetros de extensão que atravessa a América Central e o México rumo aos Estados Unidos. Durante o percurso, os migrantes se deparam com gangues criminosas que roubam ou exigem dinheiro para os guiar.

Diante disso, Francisco indicou que “há necessidade do esforço conjunto dos países mais diretamente envolvidos e da comunidade internacional, para evitar que esta trágica realidade passe despercebida e para oferecer conjuntamente uma resposta humanitária”.

“É terrorismo, é guerra”

Na sequência, o Papa pediu que as pessoas que sofrem com a guerra na Ucrânia, em Israel, na Palestina e em outras zonas de conflito não sejam esquecidas e que, com a aproximação do Natal, seja reforçado o compromisso de abrir caminhos de paz.

“Continuo recebendo notícias muito sérias e dolorosas de Gaza”, expressou, pontuando que civis desarmados estão sujeitos a bombardeios e tiroteios. Neste contexto, ele recordou o ataque isaraelense à Paróquia latina da Sagrada Família na cidade de Gaza neste sábado, 16, causando a morte de duas mulheres, mãe e filha, Naheda e Samar.

“Alguém diz: ‘É terrorismo, é guerra’. Sim, é guerra, é terrorismo. É por isso que as Escrituras afirmam que ‘Deus faz cessar as guerras… ele partiu os arcos e quebrou as lanças’. Rezemos ao Senhor pela paz”, manifestou o Pontífice.

Um novo beato

Em meio aos apelos, o Santo Padre citou o Cardeal Eduardo Pironio, que foi beatificado neste sábado. Argentino, Pironio foi descrito por seu conterrâneo como um “pastor humilde e zeloso, testemunha da esperança, defensor dos pobres”. Francisco também lembrou que o cardeal colaborou com São João Paulo II na promoção dos leigos e nas Jornadas Mundiais da Juventude.

“Que o seu exemplo nos ajude a ser uma Igreja em saída, que se torna companheira de caminho de todos, especialmente dos mais fracos”, exortou o Papa, pedindo uma salva de palmas para o novo beato.

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