ANGELUS

Papa destaca humildade e honestidade de São Pedro ao servir a Igreja

Em reflexão antes do Angelus, Francisco salientou que Pedro, apesar de pecador, recebeu as chaves do Reino dos céus por confiar na misericórdia de Deus

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco acena para fiéis / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

Após a celebração da Solenidade de São Pedro e São Paulo na manhã deste sábado, 29, o Papa Francisco rezou o Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Antes da oração mariana, contudo, apresentou, como de costume, uma breve reflexão.

O Pontífice falou sobre a missão deixada por Jesus a Pedro quando expressou: “A ti darei as chaves do Reino dos céus” (Mt 16,19). Essas chaves, sublinhou o Santo Padre, representam o ministério de autoridade que o próprio Cristo confiou ao apóstolo para servir a toda a Igreja. “Porque a autoridade é um serviço, e uma autoridade que não é serviço, é ditadura”, complementou.

No entanto, pontuou Francisco, não se pode confundir o significado dessa missão. As chaves não devem ser usadas para trancar as portas e selecionar aqueles que podem entrar, mas dar acesso a todos, ajudando-os a encontrar o caminho do Evangelho.

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“As chaves de Pedro, de fato, são as chaves de um Reino que Jesus não descreve como um cofre ou um quarto blindado, mas com outras imagens: uma pequena semente, uma pérola preciosa, um tesouro escondido, um punhado de fermento ( Mt 13,1-33), ou seja, como algo precioso e rico, sim, mas, ao mesmo tempo, pequeno e discreto. Para alcançá-lo, portanto, não é necessário acionar mecanismos e fechaduras de segurança, mas cultivar virtudes como a paciência, a atenção, a constância, a humildade, o serviço”, expressou o Papa.

Abertura a todos

Tal missão de abertura, prosseguiu, é encarada por Pedro durante toda a vida, fielmente, até seu martírio. Ele teve que se converter e entender que a autoridade é um serviço, explicou o Papa, e isso não foi fácil. “Pedro recebeu as chaves do Reino não porque fosse perfeito – não, era um pecador –, mas porque era humilde e honesto” e, “confiando na misericórdia de Deus, foi capaz de apoiar e fortalecer, como lhe foi pedido, também seus irmãos” (Lc 22,32).

O Papa finalizou a reflexão pedindo a intercessão de Maria e de São Pedro e São Paulo para que, através das orações, guiem e apoiem cada um dos fiéis para o encontro com Cristo.

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