Dia Internacional

A posse de armas nucleares é imoral, afirma Papa Francisco

Em sua conta no twitter, Pontífice se manifestou sobre o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares – celebrado nesta terça-feira, 26; secretário-geral também publicou uma mensagem

Da redação

Foto: Johannes Daleng via Unsplash

Nesta terça-feira, 26, é celebrado o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares. Em mensagem divulgada em sua conta oficial no twitter, o Papa Francisco se manifestou sobre a data: “A posse de armas atômicas é imoral, porque – como observava João XXIII na Encíclica Pacem in terris – «não é impossível que um fato imprevisível coloque em movimento o aparato bélico». Sob a ameaça de armas nucleares, todos somos sempre perdedores!”.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, explicou que o dia recorda todos que a construção de um futuro pacífico exige o fim da ameaça nuclear. “A desconfiança e a competição geopolíticas fizeram com que o atual risco nuclear disparasse aos níveis da Guerra Fria. Entretanto, os progressos duramente conquistados ao longo de muitas décadas para impedir a utilização, a proliferação e o ensaio de armas nucleares estão sendo anulados”, alertou.

Compromisso da ONU

Neste dia importante, Guterres reafirmou o compromisso da ONU com um mundo livre de armas nucleares e da catástrofe humanitária que a sua utilização desencadearia. O secretário-geral da instituição frisou que os Estados detentores de armas nucleares deveriam assumir a liderança, cumprindo as suas obrigações em matéria de desarmamento e se comprometendo a nunca utilizar armas nucleares, em circunstância alguma.

“Significa reforçar o regime de desarmamento nuclear e de não proliferação, nomeadamente através do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e do Tratado de Proibição de Armas Nucleares. Implica que todos os países que ainda não ratificaram o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares o façam sem demora, e que os Estados que possuem armas nucleares mantenham uma moratória sobre todos os testes nucleares”, destacou.

Guterres também alertou para a linha cada vez mais tênue entre as armas estratégicas e convencionais e a sua relação com tecnologias novas e emergentes. Na sequência, reforçou a importância do diálogo, da diplomacia e da negociação para aliviar as tensões e por um fim à ameaça nuclear. 

“A única forma de eliminar o perigo nuclear é eliminando as armas nucleares. Vamos trabalhar em conjunto para banir essas ferramentas de destruição da história, de uma vez por todas”, concluiu.

Livrar o mundo das armas nucleares

O Papa Francisco recorrentemente pede a extinção das armas nucleares. Em seu apelo mais recente, realizado na última semana, na mensagem enviada aos participantes da conferência sobre a Encíclica de São João XXIII, o Pontífice falou de iniciativas para a construção da paz e alertou para a necessidade de “manter viva a visão de que um mundo livre de armas nucleares é possível e necessário”. Neste contexto, ele enfatizou que “o trabalho das Nações Unidas e de organizações afins para aumentar a conscientização pública e promover medidas regulatórias adequadas continua sendo crucial”.

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