PACEM IN TERRIS

Papa: “um mundo livre de armas nucleares é possível e necessário”

Francisco enviou mensagem a participantes de conferência sobre a Encíclica de São João XXIII, exortando-os a refletir sobre iniciativas para a construção da paz

Da Redação, com Vatican News

Foto: REUTERS – Carlos Garcia Rawlins

Nesta terça-feira, 19, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao chanceler da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Cardeal Peter Turkson, e aos participantes da Conferência internacional em comemoração ao 60º aniversário da Encíclica Pacem in terris, de São João XXIII. O evento acontece entre os dias 19 e 20 na Casina Pio IV, no Vaticano, e tem como tema “A guerra e outros obstáculos para a paz”.

No texto, o Pontífice apontou que “o momento atual tem uma semelhança perturbadora com o período imediatamente anterior à Pacem in terris” e com a crise dos mísseis de Cuba, em 1962. Ele também indicou que, infelizmente, houve um aumento do poder e do número de armas nucleares, além de outras tecnologias bélicas.

Um mundo livre de armas

Retomando um discurso feito em janeiro de 2022, o Santo Padre alertou para a necessidade de “manter viva a visão de que um mundo livre de armas nucleares é possível e necessário”. Neste contexto, ele enfatizou que “o trabalho das Nações Unidas e de organizações afins para aumentar a conscientização pública e promover medidas regulatórias adequadas continua sendo crucial”.

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Da mesma forma, a preocupação com as armas nucleares não deve tirar a atenção dos problemas éticos ligados ao uso de armas “convencionais”, que “devem ser usadas apenas para fins defensivos e não direcionadas a alvos civis”.

Ao fim da mensagem, o Papa frisou como é “oportuno que esta Conferência dedique suas reflexões às partes da Pacem in terris que discutem o desarmamento e os caminhos para uma paz duradoura”. Assim, ele pediu que as atividades “incluam uma reflexão ética disciplinada sobre os graves riscos associados à posse contínua de armas nucleares, sobre a necessidade urgente de um renovado progresso no desarmamento e sobre o desenvolvimento de iniciativas para a construção da paz”.

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