Ângelus

Papa quer confirmar cristãos na fé em viagem à África

“Parto para a África com a consciência de não ter nada a propor e a dar aos que encontrarei, a não ser Cristo e a Boa Nova da sua Cruz”, disse Bento XVI esta manhã, 15, na oração do Ângelus, junto aos numerosos peregrinos e fiéis, de diversas regiões da Itália e de alguns países do mundo, presentes na Praça São Pedro.

Na alocução dominical, que precedeu a oração mariana, o Santo Padre avisou os presentes que, na próxima terça-feira, dia 17, até segunda-feira, dia 23, vai fazer sua primeira viagem apostólica à África:

“Irei a Camarões, à capital Iaundé, para entregar o instrumento de trabalho da II Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, que se realizará aqui no Vaticano no próximo mês de outubro. Depois, prosseguirei para Luanda, capital de Angola, um país que, depois de uma longa guerra interna, reencontrou a paz e, agora, é chamado de reconstruir-se na justiça”.

Com esta visita, disse o Papa, quero abraçar idealmente todo o continente africano: as suas mil diferenças e a sua profunda alma religiosa; as suas culturas antigas e o seu difícil caminho para o desenvolvimento e a reconciliação; os seus graves problemas, as suas dolorosas feridas e as suas enormes potencialidades e esperanças.

O Pontífice disse ainda querer confirmar os católicos na fé, encorajar os cristãos no compromisso ecumênico, levando a todos o anúncio de paz confiado à Igreja pelo Senhor ressuscitado.

Ao se preparar para esta viagem missionária, o Papa ouve ressoar na alma as palavras de São Paulo: “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder e a sabedoria de Deus”. E o Santo Padre acrescentou:

“Parto para a África com a consciência de não ter nada a propor e a dar aos que encontrarei, a não ser Cristo e a Boa Nova da sua Cruz, mistério de amor supremo, de amor divino, que vai além de toda resistência humana e torna possível até o perdão e o amor pelos inimigos”.

O Evangelho pode tocar os corações

Eis a graça do Evangelho, afirmou o Santo Padre, capaz de se transformar o mundo; eis a graça que pode renovar também a África, porque gera uma irresistível força de paz e de reconciliação profunda e radical.

Portanto, disse o Papa, a Igreja não persegue objetivos econômicos, sociais e políticos, mas anuncia Cristo, ciente de que o Evangelho pode tocar os corações de todos e transformá-los, renovando interiormente as pessoas e a sociedade.

Enfim, Bento XVI confiou à celeste intercessão de São José, que a liturgia celebrará no próximo dia 19, a sua iminente peregrinação e toda a população da África, com todos os seus desafios e expectativas. E recordou: “Penso, em particular, nas vítimas da fome, das doenças, das injustiças, dos conflitos fratricidas e toda forma de violência que, infelizmente, continua a atingir adultos e crianças, sem poupar missionários, sacerdotes, religiosos, religiosas e voluntários. Irmãos, acompanhem esta viagem com as suas orações”.

Jubileu dos Universitários

Ao término da sua alocução dominical, o Pontífice recordou o jubileu paulino dos universitários à Roma, promovido pela Congregação para a Educação Católica e pelo Pontifício Conselho da Cultura, promovido pelo Vicariato de Roma.

Aqui, o Papa cumprimentou os ilustres professores e os delegados da Pastoral Universitária, provenientes de todos os continentes. Este evento constitui sempre uma etapa importante no diálogo vivo entre a Igreja e as universidades.

Por fim, Bento XVI passou a cumprimentar os presentes na Praça São Pedro, em várias línguas. Eis a sua saudação em português, acompanhada de sua bênção apostólica:

“Com afeto, saúdo o grupo de brasileiros presentes em Roma e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, a benevolência divina. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo!”

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