Vésperas da Solenidade

Papa propõe São José como modelo para os sacerdotes

Na tarde desta quarta-feira, 18, na Basílica Maria Rainha dos Apóstolos, em Iaundê, realizou-se a celebração das Vésperas da Solenidade de São José com os bispos, sacerdotes, religiosos, seminaristas, diáconos, movimentos eclesiais e representantes de outras confissões cristãs em Camarões.

Na celebração, de acordo com a liturgia vespertina, Bento XVI convidou a contemplar os traços característicos de São José.

Falando da paternidade, Bento XVI afirmou que ser pai é ser, primariamente, servidor da vida e do crescimento. Esta mesma paternidade deve ser vivida pelos sacerdotes. “O sacerdócio ministerial comporta um vínculo profundo com Cristo, que nos é dado na Eucaristia”, recordou, fazendo votos de que a celebração da Eucaristia seja verdadeiramente o centro da vida sacerdotal, para que seja também o centro da missão eclesial.

“Celebrando este sacramento em nome e na pessoa do Senhor, não é a pessoa do sacerdote que deve aparecer em primeiro plano: ele é um servidor, um instrumento humilde que reenvia a Cristo, porque o próprio Cristo é que Se oferece em sacrifício pela salvação do mundo”, afirmou, acrescentando que o ministério pastoral não é feito somente de renúncias, mas é também fonte de alegria.

São José deve servir de exemplo também aos irmãos e irmãs comprometidos na vida consagrada ou nos movimentos eclesiais. José acolheu o mistério que estava em Maria e o mistério que ela própria representava. São José, disse o papa, ensina-nos que se pode amar sem possuir: “José desvenda-nos o segredo duma humanidade que vive na presença do mistério. Nele, não há separação entre fé e ação. A sua fé orienta decididamente as suas ações”.

Dirigindo-se aos membros das outras confissões cristãs, Bento XVI citou a vida de São José como um sinal eloqüente para todos os discípulos de Jesus que aspiram à unidade da Igreja. “O seu exemplo incita-nos a compreender que é abandonando-se plenamente à vontade de Deus que o homem se torna um obreiro eficaz do desígnio de Deus, que deseja reunir os homens numa única família, numa única assembleia, numa única “ecclesia”. (…) É em Jesus que somos chamados a reconhecer-nos irmãos, filhos de um mesmo Pai”, concluiu o Pontífice.


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