O Papa Bento XVI se encontrou na tarde de ontem, 22, com movimentos católicos para a promoção da mulher, na Igreja de Santo Antonio, em Luanda, capital de Angola.
No encontro, Bento XVI renovou o convite aos fiéis a rezarem pelo respeito pela dignidade da mulher e ressaltou a complementaridade do masculino e do feminino. O Papa citou realidades como as terras onde abunda a pobreza, nas regiões devastadas pela guerra, e tantas situações trágicas resultantes de emigrações forçadas ou não: “são quase sempre as mulheres que mantêm intacta a dignidade humana, defendem a família e tutelam os valores culturais e religiosos”.
“A história, continuou Bento XVI, registra quase exclusivamente as conquistas dos homens, quando, na realidade, uma parte importantíssima da mesma se deve a ações determinantes, perseverantes e benéficas realizadas por mulheres”.
E destacou que “o reconhecimento do papel público das mulheres não deve, contudo, diminuir a função insubstituível que têm no interior da família”.
A este ponto, o Papa citou duas mulheres extraordinárias: Teresa Gomes, angolana, mãe de família, e Maria Bonino, médica pediatra italiana, voluntária em missões, falecida após contagiar-se com a febre hemorrágica de Marburg.
Hoje, concluiu o Papa, “ninguém deve nutrir dúvidas de que as mulheres têm pleno direito de se inserir ativamente em todos os âmbitos públicos, e o seu direito deve ser reafirmado e protegido, inclusive através de instrumentos legais, quando necessários”.
No documento, que vai orientar os trabalhos do próximo Sínodo para a África, marcado para outubro, em Roma, ele já havia expressado a necessidade de uma maior valorização da mulher.
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