As autoridades de Luanda decretaram hoje, 20, feriado nacional a fim de oferecer ao Papa uma recepção digna. Peregrinos de todas as províncias continuam a chegar a Luanda, capital da Angola, para participar da Missa programada para domingo na esplanada de Cimangola, no norte da capital, para a qual se prevê a presença de 500 mil pessoas.
Segundo o bispo de Cabinda e coordenador da comissão organizadora da visita do Papa, Dom Filomeno Vieira Dias, as estruturas para acomodar as delegações visitantes de países do sul da África e do interior de Angola estão asseguradas: “Com um calor humano que se sente em todos os rincões de Angola, as condições materiais e logísticas estão prontas para receber Sua Santidade”, afirmou.
As ruas de Luanda pelas quais o cortejo papal passará foram remodeladas e centenas de casas repintadas para embelezar o aspecto da capital. A Polícia Nacional angolana está preparada com um forte dispositivo de segurança, que conta cerca de 25 mil efetivos próprios e de agentes de empresas particulares, durante toda a visita de Bento XVI.
O núncio apostólico, Dom Ângelo Becciu, destaca em uma entrevista concedida ao único cotidiano do país, ‘Jornal de Angola’, o bom momento das relações entre Igreja e Governo angolano: “Angola está vivendo um período importante de sua história. Está construindo um futuro sobre novos alicerces, fortalecida por 7 anos de paz”, destaca.
Dom Becciu adiantou ainda que o “Papa ouvirá as preocupações do Estado angolano e fará suas recomendações para melhorar as relações bilaterais com o Vaticano”.
A primeira visita de um Papa (João Paulo II) a Angola foi em 1992, ano das primeiras eleições democráticas no país, e em plena guerra civil, um conflito que só se concluiu em fevereiro de 2002, depois da morte em combate de Jonas Savimbi, líder do movimento União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
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