Na noite deste sábado, 05, aconteceu a vigília com os Jovens, no Parque Tejo em Lisboa. Em seu discurso Francisco, falou da alegria que cria raízes
Huanna Cruz,
Da Redação
Na noite deste sábado, 05, aconteceu a vigília com os Jovens, no Parque Tejo em Lisboa. Dois jovens testemunharam, Pe. António Ribeiro de Matos, 33 anos, Portugal e Marta Luís, 18 anos, Moçambique, na sequência o Papa dirigiu a palavra aos peregrinos.
Em seu discurso Francisco, agradeceu a todos por terem viajado, caminhado e chegado ao local do encontro e enfatizou, também a Virgem Maria teve de viajar para chegar a casa de Isabel. «Levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1, 39): diz o Evangelho desta JMJ.
“Poderíamos perguntar-nos: Mas porque é que Maria se levanta e vai apressadamente ter com a prima? Certamente porque acaba de saber que ela está grávida, mas também Maria o está. Então por que foi ela, se o anjo não lho pediu, nem Isabel? Maria realiza um gesto não solicitado e sem ser obrigada, simplesmente porque ama e ‘quem ama voa, corre feliz, se alegra, isso é o que fazemos’”.
Segundo o Papa, a alegria de Maria é dúplice, acaba de receber o anúncio do anjo que vai receber o redentor e de que também a sua prima está grávida.
Alegria é missionária
O Pontífice afirma que a alegria é missionária, a alegria não é para uma pessoa é para levar algo. “Eu pergunto a vocês: vocês que estão aqui, que vieram encontrar-se, ouvir a mensagem de Cristo, buscar um sentido uma maravilha, isso é para vocês ou para levar aos outros? Guardar só para vocês ou para levar aos outros? É para levar para os outros, porque a alegria é missionária. ‘Repitamos juntos: a alegria é missionária’, então temos que levar esta alegria aos demais”.
Uma alegria que cria raízes
Para Francisco, todos que buscam a alegria a recebe, “o que recebemos, tudo isso foi preparado no seu coração, para a alegria. Todos, se voltarmo-nos veremos pessoas que foram raio de luz na nossa vida. Pais, avós, amigos, padres, freiras, catequistas, animadores, professores … São as raízes da nossa alegria. Raízes de alegria”.
O Papa pediu para fazer um momento de silêncio e que cada um pensasse, naqueles que nos deram algo na vida, que são como raízes da alegria. “Encontraram, encontraram rostos? Encontraram histórias? ”, perguntou-lhes Francisco, enfatizando que “é a alegria que vem por essas raízes e que nós temos que dar. Porque nós temos raízes de alegria e também nós podemos ser para os demais raízes de alegria, não se trata de uma alegria passageira de uma alegria de momento, trata-se de levar uma alegria que cria raízes”.
“Como podemos converter-nos em raízes de alegria?”, perguntou o Pontífice, enfatizando que “a alegria não está na biblioteca fechada, têm que estudar, porém não está guardada a chaves. A alegria tem que buscá-la, tem que descobri-la no nosso diálogo com os demais onde temos que dar essas raízes de alegria que recebemos, temos que dá-la. Isso por vezes cansa”.
“Uma pergunta: Vocês se cansaram alguma vez, não, sim? Sim ou não? Cansaram alguma vez? Pensem no que acontece quando alguém está cansado, não tem vontade de fazer nada, como dizemos, em Espanhol: joga a esponja porque não tem vontade de fazer nada. Se abandona, deixa de caminhar e cai.”
Levantar-se
O Papa perguntou se os jovens acreditam que uma pessoa que cai na vida, tem um fracasso, inclusive com erros graves e fortes, já acabou? E responde que não. O que tem que fazer? Pergunta-lhes e responde: levantar-se. É uma coisa muito bonita que hoje se deve levar como recordação, os alpinistas os quais gostam de subir as montanhas, gostam de ter um canto muito bonito e diz que na arte de subir montanhas, o que importa não é não cair, mas não permanecer caído.
“O que permanece caído, fechou-se a sua vida, fechou-se a esperança, na ilusão ficou caído. E quando vemos um amigo nosso que está caído o que temos que fazer é levantá-lo. Quando alguém tem que levantar ou ajudar a levantar uma pessoa que gesto faz, olha a pessoa de cima para baixo e esse é o único momento lícito que é permitido olhar uma pessoa de cima para baixo.”
Por fim, falou o Papa que na vida tem que treinar no caminho, as vezes não se tem vontade de caminhar, não se tem vontade de fazer esforço e por isso não se alcança o êxito. Só se têm o êxito com muito treino é assim no futebol e é assim na vida. “Se aprende a caminhar na vida”, ressaltou o Papa.
E encerrou dizendo que na vida só se têm uma coisa grátis, que é o amor de Jesus.