Esta é a sexta etapa da peregrinação nacional que antecede a edição da JMJ em Lisboa; evento está previsto para acontecer em agosto de 2023
Da redação, com Agência Ecclesia
Foto: Diocese de Viseu
A Diocese de Viseu recebeu neste domingo, 3, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Esta é a sexta etapa da peregrinação nacional que antecede a edição da JMJ em Lisboa. Evento está previsto para acontecer de 1 à 6 de agosto de 2023.
“Eu espero que durante a passagem da cruz, como tenho visto em tantas dioceses, seja feita uma festa, haja alegria e esperança, e a passagem do ícone marque a nossa vida para prepararmos verdadeiramente a Jornada Mundial da Juventude”, disse à Agência Ecclesia Dom António Luciano, bispo de Viseu, antes da entrega dos símbolos.
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O prelado manifestou também o desejo de acolher “os que desejarem” visitar Viseu na semana anterior à JMJ 2023. Ele deseja levar a Lisboa uma delegação diocesana que seja “sinal de esperança de uma Igreja renovada, viva e jovem”.
O bispo de Viseu, que se deslocou à Guarda para receber os símbolos, deseja que a Cruz peregrina seja um “sinal” para a Igreja e a sociedade, propondo “uma vida nova”.
Missa
Dom Manuel Felício, bispo da Guarda, celebrou a missa que antecedeu a entrega dos símbolos. O prelado destacou na sua homilia a necessidade dos cristãos mudarem, interiormente, para “tornarem este mundo diferente”, assinalando o simbolismo da peregrinação que preparou a JMJ.
“Esta Cruz veio para nos lembrar o Jubileu da Redenção, acontecimento em que Jesus entregou a sua vida pela humanidade inteira”, disse. “Nesta hora de passagem de testemunho, para a Diocese de Viseu, damos graças ao Senhor pelo percurso que a Cruz fez no meio de nós. E pedimos, nesta hora, que a sensibilização que aconteceu, nas mais variadas situações, se transforme num contributo para renovarmos as relações com os outros e, principalmente, com os jovens”, acrescentou.
A Cruz peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por São João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países.
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Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Ícone
Desde 2000 que a Cruz Peregrina é acompanhada pelo Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Este último retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. O ícone foi introduzido pelo Papa São João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens.
Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone está associado a uma das devoções mais populares marianas na Itália: a antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes.
O símbolo original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
JMJ 2023
A próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude vai ocorrer pela primeira vez em território português. Inicialmente prevista para 2022, a JMJ de Lisboa foi adiada um ano por causa da pandemia de Covid-19.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II. O encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude, foi um sucesso.
As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
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