Cardeal brasileiro comenta o planejamento familiar, um dos assuntos discutidos no Sínodo, e reitera necessidade de métodos éticos ao planejar a vinda dos filhos
Da Redação, com Rádio Vaticano
Em uma das discussões em grupo do Sínodo dos Bispos nesta segunda-feira, 19, um dos temas debatidos foi o planejamento familiar. O cardeal brasileiro Raymundo Damasceno, que é um dos presidentes delegados da assembleia, comentou o assunto, reafirmando a postura da Igreja de ser contrária a qualquer método abortivo.
O cardeal lembrou que hoje existe uma mentalidade antinatalista, ou seja, contrária ao nascimento dos filhos. Muitos casais, por exemplo, veem os filhos como um problema e não como um presente de Deus.
“Então hoje como viver o matrimônio como comunidade de vida e de amor, que resulte dessa comunidade também os filhos? Como planejar o nascimento dos filhos? A Igreja deixa à responsabilidade dos casais que pelo menos devem ser formandos na sua consciência para que realmente planejem seus filhos dentro da responsabilidade que cabe a eles, aos pais, porque não basta gerar filhos, é preciso também educá-los, evidentemente”.
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Dom Damasceno frisou a necessidade de um planejamento familiar, mas ressaltou que é preciso também analisar os meios pelos quais isso será feito. “Não podemos apoiar de forma alguma todo método que for abortivo, por exemplo. Então o casal tem que ser orientado, formar a sua consciência para que planeje sua família não dentro de um espírito egoísta, individualista, pensando só no bem do casal, mas pensando também no bem da sociedade”.
Segundo o cardeal, o planejamento é importante e fundamental, mas deve ser feito com critérios éticos, morais e com uma consciência formada à luz dos ensinamentos da Igreja e da Palavra de Deus. “Não se trata de ter filhos à vontade, mas se trata de tê-los com responsabilidade”.
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