No dia dedicado a São José, padres joseleitos comentam as principais virtudes do santo patrono da congregação
Julia Beck,
Da redação
Patrono da Igreja e da Congregação Joseleitos de Cristo, São José é comemorado nesta segunda-feira, 19. Entre os muitos adjetivos do santo, o diretor-geral dos joseleitos, Júlio César de Melo Almo, destaca os sonhos de São José como virtude a ser vivida e resgatada. “Nós precisamos resgatar essa realidade, mas não um sonho nas alturas como fuga da realidade, mas um sonho de esperança e confiança em Deus”, argumentou.
Leia também
.: Arquidiocese de Brasília promove festejos em honra a São José
.: Papa destaca exemplo de São José
A Congregação Joseleitos de Cristo completa, nesta data, 68 anos de história. Consagrados a São José, os joseleitos são escolhidos por Jesus para viver a simplicidade do santo, afirmou o padre da congregação, Flávio José Lima da Silva. “A simplicidade dele nos encanta para seguirmos Jesus Cristo”, contou.
Padre José Gumercindo dos Santos, falecido fundador da congregação, era, segundo o diretor dos joseleitos, devoto de São José e pedia aos consagrados que vivessem a “eleição” de acordo com o santo. “Toda a vocação é uma eleição, e nós vivemos a nossa eleição de serviço a Cristo segundo o jeito de São José no sentido da disponibilidade para o trabalho, da humildade e da simplicidade, (…) a serviço dos humildes, simples e pobres”, recordou.
Importante para a Igreja, exemplo para os homens
São José é modelo de homem justo, trabalhador e dedicado, afirmou padre Flávio. “José assume o lar de Nazaré, assume Maria como esposa, é justo e fiel, e como marido cuida de Maria, protege Maria e educa Jesus na carpintaria de Nazaré”, relembrou o sacerdote. Para o joseleito, diante do homem que São José foi, os homens deveriam espelhar-se nele.
O diretor-geral reconhece São José como parte fundamental no modelo de comunidade perfeita, a comunidade de Nazaré. “José é o pai adotivo de Jesus e, junto a Maria, nos ensina a viver a fraternidade”, realçou. De acordo com padre Júlio, na história da Igreja a importância de São José não se resume apenas a paternidade, mas também na sua figura de operário e trabalhador da oficina.
“É uma imagem daquilo que Deus realiza em nós. Jesus aprendeu com São José aquilo que é a missão dele também. De modo especial, neste tempo da quaresma, Jesus faz um pouco essa tarefa em cada um de nós, que é a de nos “pegar” marcados pela fragilidade do pecado, como fôssemos madeira bruta, e, quando nos deixamos confiar nas mãos dele, nos torna objetos bonitos e belos, como só um carpinteiro é capaz de realizar”, afirmou padre Júlio.
Leia também
.: Capela São José é o novo local de oração oferecido aos peregrinos que visitam a CN
Além de patrono da Igreja, por se tratar do marido da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus, José é lembrado também como o santo que concede boa morte. “No momento final de sua vida foi acompanhado por duas pessoas de singular particularidade: Jesus Cristo, nosso Senhor, e Nossa Senhora, nossa mãe rainha. Então ele teve uma boa morte e pode rezar por nós para que tenhamos uma boa morte também”, conta padre Júlio.
Modelo de Silêncio Quaresmal
São José é apontado por padre Júlio como modelo de silêncio. “Não é um silêncio pacífico, mas um silêncio de deixar-se estar presente diante de Deus para acolher aquilo que Ele tem a dizer, a comunicar, enfim, a inspirar naquilo que é preciso dizer e assumir”, afirmou. Ainda segundo o diretor-geral dos joseleitos, neste tempo reservado para o silêncio, confissão e introspecção, São José é a resposta para os barulhos enfrentados cotidianamente.
Segundo padre Flávio, o silêncio de São José não pode jamais ser caracterizado como omisso, e sim, contemplativo. “José busca entender sua missão e não precisa de holofotes ou discursos pra fazer a vontade de Deus. Então, neste tempo quaresmal, ter esta virtude de São José muito nos fortalecerá na nossa vida de fé. Seguindo São José, certamente faremos a vontade de Deus”, concluiu.