Com o “Retiro Popular”, arcebispo de Belém do Pará traz orientações para se fazer um retiro nesse tempo quaresmal
Thiago Coutinho, com colaboração de Júlia Beck
Da redação
Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém do Pará, que assina a 26ª edição do livro Retiro Popular / Foto: Arquivo CN
A Quaresma, que começa nesta Quarta-Feira de Cinzas, 14, é um período de reflexão e profunda conversão espiritual. É precisamente disto que trata o livro “Retiro Popular”, obra do arcebispo de Belém do Pará (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa.
“É uma oferta de reflexão, oração, uma leitura orante da Palavra de Deus àquelas pessoas que querem fazer um retiro espiritual, mas não têm oportunidade de sair de casa”, explica Dom Alberto.
Este retiro, segundo Dom Alberto, pode ser feito em casa ― e com meia hora de preces, apenas. “Em meia hora de oração, a pessoa pode rezar e meditar com a Bíblia e se enriquecer com a Palavra de Deus”, afirmou.
Em sua 26ª edição, a obra, publicada desde 1992, traz como temática central “Eis-me aqui” (Is 6,8). De acordo com o arcebispo, este tópico surgiu quando precisou eleger o tema do Sírio de Nazaré deste ano. “No Antigo Testamento, diversas vezes o Senhor diz: ‘Eis-me aqui’. Ele toma a iniciativa. E quantas pessoas como o profeta Isaías disseram o mesmo?”, ponderou.
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Dom Alberto explicou ainda que se trata de uma proposta profunda, mas sugerida de maneira simples, num texto que pode ser compreendido por todos. “Tudo é baseado na liturgia da Quaresma, que é a melhor fonte para o cristão. Remetemos as pessoas à vivência da Igreja durante estes quarenta dias”, acrescentou.
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Àqueles que estão interessados em imergir nesta proposta de autoconhecimento, o livro mostrará como chegar a este equilíbrio espiritual de forma objetiva. “Se pensarmos que foram publicados 50 mil exemplares da edição atual, e já foram vendidos 30 mil, isto é um testemunho de que as pessoas querem viver a Quaresma, e o livro para isto é uma grande ajuda”, assegurou.
Vida equilibrada
Dom Alberto acredita que viver a religião no dia a dia pode ser o diferencial para que seja alcançada a estabilidade da vida espiritual. “Nossa vida, para ficar equilibrada, tem que ser temperada com oração e o que vivemos na Igreja dá sentido ao restante que fazemos. Sinto que as pessoas pedem por orientação para ter uma vida de oração consistente, e nossa alegria é oferecer esta experiência às pessoas”, declarou.
No ano do Encontro Mundial das Famílias, o arcebispo também tem diversas recomendações para que a família possa absorver melhor este retiro, como, por exemplo, unir-se para participar da missa dominical. “Para o dia de Páscoa, proponho que a família prepare a Vigília Pascal, que cada membro leve uma vela para renovar as promessas do Batismo. São propostas simples, mas que ajudam a família a ficar mais unida na vivência da própria fé”, finalizou.
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