Reunião do Consep

Representante da Cruz Vermelha fala aos bispos sobre ebola

Doença que atinge vários países da África foi tema da reunião do Consep, realizada na CNBB, nesta quarta-feira, 22

Da Redação, com CNBB

Bispos acompanham explicações sobre o vírus ebola / Foto: CNBB

Bispos acompanham explicações sobre o vírus ebola / Foto: CNBB

A doença do vírus ebola foi tema da primeira sessão da reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quarta-feira, 22. Um representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) explicou aos bispos os aspectos técnicos e sociais que envolvem a incidência da doença no mundo.

A reunião teve um panorama sobre a origem do vírus na Guiné, na Libéria e Serra Leoa. Foram apresentados dados de mais de 4,5 mil mortes e cerca de 9200 casos entre confirmados e suspeitos.

O coordenador da delegação da Cruz Vermelha para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, José Antônio Delgado, frisou a necessidade de uma resposta humanitária. Segundo ele, a capacidade para este atendimento é fraca por conta de situações de conflitos.

A necessidade de intervenções de organizações internacionais nos países foi destacada como essencial, uma vez que os casos podem passar de meio milhão em países como Libéria e Serra Leoa. A Cruz Vermelha fez um apelo para aumentar a contribuição na resposta humanitária.

De acordo com a CICV, os sistemas de saúde pública nos três países já estão enfraquecidos por conflitos prolongados, por isso enfrentam dificuldades para implementar medidas de contenção do vírus. “Os centros dedicados ao ebola são poucos. Os profissionais de saúde carecem de equipamento especializado e treinamento. Alguns sucumbem à doença, ao passo que outros se recusam a trabalhar por medo de se infectarem”, relata.

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Os bispos puderam fazer perguntas para a equipe da Cruz Vermelha e questionaram sobre a forma de transmissão, a explicação científica e a possibilidade de uma vacina contra o vírus.

A transmissão do ebola acontece a partir do contato e de fluidos das pessoas infectadas. Uma possível vacina já está sendo pesquisada, porém, os laboratórios têm previsão de disponibilidade para um medicamento a partir de 2016.

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, agradeceu aos representantes da Cruz Vermelha pelas explicações dadas. “Nós agradecemos muito essa ajuda, esses esclarecimentos. Creio que nós podemos levá-los para as nossas comunidades, especialmente como ela se transmite, porque a gente sente uma apreensão de saber”, disse.

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