Terapeuta afirma

Psicologia e Teologia deveriam se unir para ajudar casais

“Não entendo a Psicologia como uma alternativa à fé – o caminho que a Psicologia secular tem feito. Não é uma alternativa à religião”, diz Peter.

Da redação, com Agência Ecclesia

Peter Damgaard Hansen, psicólogo dinamarquês

Peter Damgaard Hansen, psicólogo dinamarquês

O terapeuta familiar Peter Damgaard Hansen afirmou nesta quinta-feira, 30, que Psicologia e Teologia deveriam “trabalhar mais próximas” para ajudar a pessoa em situação de sofrimento, propondo um sentido para a vida do homem moderno.

“Se a Psicologia puder ajudar a abrir a mente das pessoas, aprofundando as questões psicológicas e tocar o coração, então poderemos entender mais as razões da fé, porque as pessoas vão questionar-se e querer perceber o sentido da sua vida”, afirmou o especialista, com 40 anos de experiência.

O psicólogo dinamarquês, que se encontra em Portugal para um ciclo de conferências, entende que a Igreja “é perita em humanidade”, no entanto “não está sabendo transmitir a sua mensagem à mente moderna”.

“Não entendo a Psicologia como uma alternativa à fé – o caminho que a Psicologia secular tem feito. Não é uma alternativa à religião”, explica o terapeuta que se converteu ao catolicismo já adulto.

A experiência clínica de quatro décadas mostra-lhe que o melhor tratamento para a pessoa humana é “holístico” e, nesse sentido, trabalhando simultaneamente “mente, corpo, espírito” há mais probabilidade de “sucesso”.

Peter Damgaard Hansen garante que os “problemas psicológicos têm uma origem espiritual”, e advêm do fato de que hoje “o estado habitual do homem se encontra numa maior necessidade de procurar amor do que da capacidade de dar amor”.

Frustração, conflito, raiva são sentimentos comuns quando se inicia uma relação matrimonial “sem ter consciência da necessidade primeira de receber amor e por isso muitos vão tentar encontrar outra pessoa”.

O terapeuta indica que existe apenas uma solução espiritual para esse dilema: “encontrar uma fonte de amor para além do casal, para além do companheiro”.

“Quando olhamos para um casamento percebemos que é um projeto condenado ao insucesso a não ser que possamos encontrar uma fonte de amor que ultrapassa o casal. Quando se olha para o amor de Deus, o coração se abre e o amor entre as pessoas acaba por fluir. Por isso é normal não amar, mas não podemos não deixar-nos amar”, insistiu.

Esta é a mensagem cristã “em linguagem psicológica”, traduz Peter Damgaard Hansen.

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