Trabalho

Projeto visa facilitar contratação de refugiados no Brasil

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no Brasil lançou na quinta-feira, 6, em Brasília, um projeto inovador para facilitar a inserção de refugiados e solicitantes de refúgio no mercado de trabalho brasileiro.

O Projeto de Apoio para Recolocação de Refugiados (PARR) foi desenvolvido pela empresa de consultoria jurídica de imigração EMDOC. Trata-se de um banco de dados virtual através do qual os refugiados e solicitantes de refúgio oferecem seus currículos a empresas privadas interessadas em avaliar os candidatos e preencher vagas com mão-de-obra estrangeira.

A geração de renda é um dos principais desafios para a integração de refugiados no Brasil, e o PARR facilitará a busca pelo emprego e a acomodação desta mão-de-obra no mercado de trabalho. O país possui cerca de 4.500 refugiados (de 77 nacionalidades diferentes), e sua legislação garante a emissão de Carteira de Trabalho, CPF e documento de identidade para esta população – e mesmo para solicitantes de refúgio.

Um dos parceiros neste projeto é a Caritas Arquidiocesana de São Paulo, que inicialmente está coletando os currículos. Outras ONGs e empresas serão envolvidas com o projeto, que já tem mais de 100 CVs cadastrados e quase uma dezena de empresas associadas.

Por meio do site www.refugiadosnobrasil.com.br, as empresas têm acesso aos currículos. Com base nas informações disponibilizadas e sem comprometer a proteção dos refugiados no Brasil, as empresas terão o apoio da ONG parceira para agendar as entrevistas com os candidatos.

A maioria dos cerca de 4.500 refugiados que vivem no Brasil é de origem africana (64%). Em seguida estão as regiões das Américas (22%) e da Ásia (10%). Entre os países de maior representatividade estão Angola (38%), Colômbia (14%) e República Democrática do Congo (10%).

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