Artigo - Empreendedorismo

Perspectivas da economia brasileira para empreendedores e consumidores

Existe uma grande expectativa de crescimento da economia brasileira após a maior crise econômica, política e social que assolou o país

André Prado*

A economia tem um papel fundamental para as empresas e a vida do cidadão brasileiro. Tanto os empreendedores como os consumidores, devem sempre ter cautela em suas decisões sobre gastos e investimentos.

A questão em anos de eleições presidenciais é o marketing político, pois se trata de uma poderosa ferramenta que pode ampliar intencionalmente a dimensão de alguns fatos. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos Mori em 38 países revelou que o Brasil é o segundo país com menos noção da própria realidade, ou seja, muitos brasileiros possuem a percepção equivocada ao interpretar determinados temas. Isto é um dado alarmante e possivelmente sofre interferência da Educação que necessitada de melhorias.

Não há dúvida que a política e a economia podem ser assuntos divergentes e complexos. De toda forma, estão associados. A questão é que muitos brasileiros votam influenciados por partidarismo. É necessário saber avaliar qual a melhor opção para o crescimento do país. Considerando que as eleições presidenciais coincidem com a copa do mundo, certa distração pode ocorrer. Por isso, é preciso estar atento aos fatos.

Alguns se nomeiam apolíticos devido ao mau desempenho econômico entre outros problemas vivenciados no Brasil. Todavia, uma frase atribuída a Platão menciona: “A desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta”. Desta forma, interessar-se pela política é algo importante para quem deseja que o país seja um lugar melhor para viver.

Expectativas pós-crise

Existe uma grande expectativa de crescimento da economia brasileira após a maior crise econômica, política e social que assolou o país. Os escândalos de corrupção abalaram consideravelmente a economia, atingindo inclusive investimentos estrangeiros e criando uma imagem conturbada frente às relações internacionais.

Não há dúvidas de que os problemas ocorridos contribuíram para abalar a economia do Brasil. No entanto, as crises são cíclicas e costumam passar. Alguns segmentos industriais,
tecnológicos e parte do comércio finalmente começaram a apresentar sinais de melhorias. Os produtos de origem primária comercializados em longa escala têm ajudado significativamente a pauta de exportação, como é o caso da soja, óleos brutos de petróleo e os minérios. As multinacionais do setor automobilístico, empresas que possuem matriz em um determinado país, também apresentam um bom resultado na exportação de veículos.

O crescimento econômico é algo muito desejado, ainda mais considerando que alguns países já vinham apresentando bons indicadores neste sentido. Entretanto, outros índices importantes não podem ser desprezados na avaliação da economia, como: a inflação, o desemprego, o déficit das contas públicas entre outros.

A expectativa é que a inflação permaneça controlada nos próximos meses. No entanto, os consumidores têm de recuperar a confiança para aquisição de bens ou serviços. É ideal que mais empregos sejam gerados para que trabalhadores tenham renda para adquirir o que é produzido pelas empresas. Para a economia progredir positivamente é desejável que haja contratação de parte considerável dos milhões de desempregados demitidos nos últimos anos.

O rombo das contas públicas também é algo preocupante, afinal quem acaba pagando por isto é o contribuinte por meio da arrecadação de impostos. É muito importante estar atento aos detalhes, pois o aumento dos impostos pode estrangular os recursos financeiros das empresas e dos consumidores.

Outro fator a levar em consideração são os níveis de pobreza e extrema pobreza. Quanto mais o número de pobres e miseráveis aumenta, criando problemas sociais que atingem a todos, percebe-se que algo não vai bem. É relevante também observar se a dívida externa brasileira não está aumentando em proporções consideráveis, pois isto geralmente não é um bom presságio.

Em suma, é recomendável que empreendedores e consumidores ajam equilibradamente,
permanecendo atentos, aproveitando as boas oportunidades de investimento, controlando  os gastos com parcimônia, torcendo para que as expectativas de progresso esperadas na economia não sejam apenas esporádicas e que o país entre em um ciclo de crescimento mais sustentável nos próximos anos.

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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br

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