Keller Alves e Dilson Alves, pais da estudante Karoline Verri – assassinada na última segunda-feira, 19, participaram do programa a “Tarde Especial”, da Rádio Canção Nova em Brasília (DF)
Julia Beck
Da redação
Os pais da estudante Karoline Verri Alves, de 17 anos, Keller Alves e Dilson Alves, participaram do programa a “Tarde Especial”, da Rádio Canção Nova em Brasília (DF). A jovem foi assassinada na última segunda-feira, 19, no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, por um ex-aluno que invadiu o local.
Especial doce, singela, modesta e sempre muito sorridente. Foi assim que Keller e Dilson definiram Karoline para o jornalista e apresentador, Ronaldo da Silva. Os pais da jovem comentaram sobre a devoção dela por Santa Teresinha, sua participação em grupos e retiros de oração, além de destacarem a importância do Sacramento da Reconciliação e da Eucaristia na vida da estudante.
“Vamos sentir muita falta dela. Fica um buraco que só será preenchido aos poucos pelo amor de Deus”, disse Keller.
Os pais de Karoline recordaram também do estudante e namorado da jovem, Luan Augusto, de 16 anos, que também faleceu vítima do atentado. Segundo eles, o estudante e a jovem tinham uma vida de oração juntos. “Eles namoravam há um ano e lutavam para viver um namoro casto e santo”.
Misericórdia
“Estamos lidando com isso com misericórdia”, foi o que frisou Keller ao se referir à morte da filha. Ela e Dilson, que são ministros da Eucaristia, sublinharam que estão evitando focar na tragédia. Sobre o atirador, eles acreditam que o rapaz não “teve o mesmo amor recebido por Karoline”.
“Não conseguimos ter ódio ou raiva. Alimentamos o sentimento de perdão e nos colocamos no lugar da família dele que também está sofrendo. (…) Não ameacem a família!”, pediram.
Para Dilson, a falta de amor é o grande problema do mundo atual. “O rapaz estava em um momento de escuridão”, disse.
Exemplos de fé
Após a tragédia, a vida de oração e a busca de Karoline e Luan pela santidade foi evidenciada. O pai da jovem contou que tem recebido muitos relatos de pessoas afastadas da Igreja que, após o testemunho da jovem, “voltaram para Deus”.
Padre Luciano Macedo e padre Pedro Ramos, amigos da família, também falaram sobre a participação dos jovens na comunidade eclesial que pertenciam. Ambos citaram o zelo de Karoline pela confissão e pelas coisas sagradas e destacaram a importância dos jovens estarem próximos da Igreja.